Ser selecionado para um seleto clube de pessoas com alto quociente de inteligência (QI) já seria um feito impressionante por si só. Moradora de Santa Catarina, Elena Bernardes conseguiu isso ainda aos 11 anos de idade, com um teste que fez aos 7.
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A menina de Braço do Norte, no Sul do Estado, passou a fazer parte em julho da Associação Mensa Brasil, um grupo que reúne pessoas que estão entre os 2% melhores resultados de testes de QI.
Elena fez os testes por iniciativa da mãe, a empresária Naira Bernardes, de 45 anos, que identificou na filha uma rara aptidão para o aprendizado já muito cedo. A menina já sabia ler e escrever aos 4 anos, fala inglês fluentemente desde os 9 e aprendeu sozinha até parte do alfabeto coreano, por ser fã do estilo musical K-pop.
— Desde muito novinha, muito pequeninha, tudo era muito fácil para ela, aprendia com muita facilidade. Nos chamava a atenção que ela se lembrava de detalhes de acontecimentos de quando tinha pouquíssima idade, antes de 2 anos. Ela sabia as palavras usadas por alguém em determinada ocasião por exemplo, a roupa que a pessoa estaria usando — disse Naira em entrevista ao g1 SC.
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A decisão por submeter a filha aos testes de QI só veio, no entanto, após a escola relatar que Elena parecia muito adiantada em relação aos colegas e já não demonstrava interesse. Naira levou então a menina a um neuropsicólogo em Tubarão, também no Sul Catarinense, habilitado para fazer esse tipo de avaliação em crianças.
— Ele entrava na sala e fazia umas perguntas sobre sono, se eu tinha queixa de algo que incomodava no sono. Tinha um teste com imagens, eu tinha que falar o que tinha de diferente entre as duas. Tinham cubos que se encaixavam, ele mostrava e cronometrava para ver em quanto tempo eu fazia a combinação — afirmou a menina.
O resultado dos exames serviu para adaptar o conteúdo escolar de Elena. Ainda em 2018, na altura em que fez o teste, a menina também pulou um ano no colégio. Anos depois, após ter contato com a Mensa, Naira levou os testes da filha à associação de superdotados, que aceitou a jovem catarinense.
Presidente da Associação Mensa Brasil, Rodrigo Sauaia relatou também ao g1 SC que há atualmente 175 integrantes menores de 18 anos no grupo, entre os quais há nove catarinenses.
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Ele ainda explicou que a superinteligência é uma combinação de fatores genéticos com o ambiente em que a criança foi criada. Também disse que os testes de QI feitos em adultos são diferentes dos realizados com os menores de idade. Para esse público mais jovem, é preciso procurar a ajuda de um psicólogo especializado.
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