Na última segunda-feira (26), um homem foi preso no Rio de Janeiro por supostamente comercializar músicas inéditas de Renato Russo. A prisão ocorreu após cerca de um ano de investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial. A Operação Será, alusão a um dos grandes sucessos cantados por Renato, encontrou 30 composições inéditas, que eram comercializadas ilegalmente, segundo denúncia feita pelo filho do artista, Giuliano Manfredini.
Continua depois da publicidade
> Polícia prende homem que vendia supostas músicas inéditas de Renato Russo
O catarinense Carlos Trilha, que trabalhou como produtor musical de Renato Russo, usou as redes sociais para esclarecer que seu estúdio no Rio de Janeiro não tem nenhum ligação com a denúncia: “A operação não se deu em meus estúdios”. O produtor musical explicou também que não há canções inéditas.
– Não existem músicas inéditas. Existem letras não usadas por Renato que estariam sendo musicadas por terceiros, escolhidas pelo Jornalista Marcelo Froes antes da administração do espólio ser transferida para o herdeiro dos direitos – escreveu Trilha.
Ele também lamentou o ocorrido.
Continua depois da publicidade
– É realmente uma pena que a morte de um artista conduza sua obra à um universo bizarro de pessoas de critério artístico duvidoso que nunca estiveram próximas à ele.
Em recente entrevista, o catarinense falou sobre a importância de Renato Russo em sua carreira e contou como foi o primeiro encontro com o músico.
– Foi engraçado porque cheguei para ele e falei: “Olha só, Renato, sou roqueiro, toco simples, mas já tirei todo o repertório e já preparei os sons”. Daí ele respondeu: “Ih, nem se preocupe, nós vamos ficar meses aqui”. Quer dizer, eles não estavam sabendo tocar nada, estavam se reencontrando, iam começar as sessões de ensaio, mas eu já estava preparado.
Continua depois da publicidade
Leia também:
> Marisa Monte sai da reclusão, conta histórias e canta na live de Teresa Cristina