Primeira negra eleita deputada estadual no Brasil, Antonieta de Barros pode virar uma Heroína da Pátria. O projeto que inscreve o nome da catarinense no Livro dos Heróis e Heroínas foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na segunda-feira (7) e agora vai para votação no Senado.
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A proposta foi aprovada em caráter conclusivo — ocorre quando o projeto é votado apenas nas comissões designadas para analisá-lo — e seguirá direto para o Senado, caso não haja recurso para análise na Câmara.
O relator, deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), recomendou a aprovação e destacou a importância de Antonieta.
— Antonieta de Barros foi uma personagem de grande importância na história de luta contra os preconceitos de cor, classe e gênero no Brasil, tendo dedicado sua vida a combater o analfabetismo de adultos carentes, na crença de que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão — destacou durante a sessão.
A lista de heróis e heroínas inclui Zumbi dos Palmares, Tiradentes e a também catarinense Anita Garibaldi.
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Quem foi Antonieta de Barros
Alfabetizada tardiamente por jovens estudantes, Antonieta de Barros (1901-1952) formou-se professora e está entre as primeiras mulheres a ocupar cargos eletivos no Brasil. Foi eleita em 1934 deputada estadual por Santa Catarina, mesmo ano em que a médica Carlota Pereira de Queirós se elegeu deputada federal por São Paulo.
Em 1948, um projeto de lei de Antonieta de Barros criou o Dia do Professor, com feriado escolar em 15 de outubro, em Santa Catarina. A data seria oficializada no País inteiro somente em outubro de 1963.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias
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