Nomeada como ministra do Esporte no governo Lula, a catarinense Ana Moser terá muito trabalho interno e externo pela frente. Agendada para a próxima quarta-feira (4), a posse na pasta se adianta à estrutura básica para assumir o ministério. Ainda sem nomeações próprias, a medalhista olímpica sequer conta com equipe de comunicação em seu ainda itinerante gabinete.

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De acordo com fontes do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), profissionais lotados neste setor, que é tocado por uma agência da capital, atuam de improviso para dar um mínimo de suporte à nova ministra. A própria cerimônia que oficializará Moser como titular da pasta, recriada pelo presidente Lula (PT), não teria cobertura midiática não fosse um “favor” pedido aos assessores do MDS.

— Na posse, nós é que faremos fotos, vídeos e textos de disparo para a imprensa mesmo — comenta um funcionário, que terá nome e cargo preservados.

— Como é um ministério que será recriado, não tem qualquer estrutura, nem mesmo equipe.

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Apenas uma funcionária, remanescente da Secretaria Especial de Esportes, atua na chefia de gabinete interina de Moser. É ela a responsável pela agenda de Ana Moser neste início de governo, seja relacionada a compromissos oficiais, seja no atendimento à imprensa.

— De fato, está bem tumultuado — comenta a assessora, que também não será identificada.

É com ela que está o pedido de entrevista com a ministra feita pelo NSC Total.

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Ministério novo de novo

Criado em 1995, o Ministério do Esporte teve logo de cara o toque real. Assumido por sua majestade, o Rei Pelé, teve como função centralizar as políticas públicas para o setor, que, até o início da década de 1990, era majoritariamente tocado pelas Forças Armadas. Coube ao ex-presidente Fernando Collor (atualmente no PTB) a separação entre militares e desportistas.

Depois de Pelé, que esteve no cargo até 1999, a pasta foi incorporada ao Turismo para os anos 2000, mas novamente separada no primeiro governo Lula. Ana Moser é a 13ª ministra a assumir a pasta — a primeira mulher — que perdeu status de ministério durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O último ministro propriamente dito foi Leandro Cruz Fróes (MDB), correligionário de Michel Temer e, posteriormente, secretário de Esportes e Lazer do Distrito Federal.

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*De Brasília, especial para o NSC Total