No ano passado, na véspera do início do campeonato, escrevi que o Catarinense seria um recomeço para os clubes do Estado. Que a competição tinha o poder de revigorar as equipes e, principalmente, de elevar a autoestima dos torcedores, abalada com o sofrível 2019 – pra quem não lembra, o ano acabou com rebaixamentos no Brasileiro, dívidas milionárias e vexames nos bastidores. E não destaquei apenas o lado esportivo para motivar as torcidas e os times. Citei o poder de superação do povo daqui. A gente encara os problemas sem medo, dá a volta por cima.

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O maior exemplo foi a Chapecoense. Da lanterna para o sétimo título estadual. Campeã catarinense, além de retornar à primeira divisão a Chapecoense conquistou a inédita taça da Série B. E tudo isso vivendo uma grave crise financeira. O Brusque, que perdeu o título para Chape, não se abalou após o resultado da última final. Confiante, depois de surpreender os rivais aqui em Santa Catarina, atingiu o principal objetivo da temporada: a vaga na Série B de 2021. Ano passado era azarão, hoje um dos candidatos ao título. Tornou-se umas das potencias do Estado. 

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Viu? Como falei no início do texto, um bom Campeonato Catarinense pode transformar as coisas rapidamente. Fica a dica! Criciúma, Figueirense e Joinville, que deixaram a desejar no Brasileiro, podem beber dessa mesma fonte nesta temporada. Usar o regional como gatilho para uma recuperação. Pelo histórico dos treinadores, é grande a chance de sucesso. Hemerson Maria, Jorginho e Vinicius Eutrópio conhecem bem a competição, o retorno e as cobranças do nosso campeonato.

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Falando em técnico, estou curioso pra ver os trabalhos de Dyego Coelho e Paulo Baier. Dois ex-laterais que agora precisam “correr por fora” para manter Metropolitano e Próspera, respectivamente, na elite do futebol catarinense. O Estadual, por enquanto, está mais atrativo fora de campo. Como os reforços foram modestos, sem grandes nomes, as atrações são os professores. 

No Hercílio Luz tem o Marcelo Caranhato, ex-zagueiro do Brusque; no Concórdia o Emerson Cris, ex-Chapecoense, e no Juventus o Raul Cabral, ex-Avaí. A incógnita mesmo é o Marcílio Dias, que não renovou com Waguinho Dias. A saída do técnico, acostumado a fazer campanhas surpreendentes por aqui, foi uma perda para o campeonato.

Quem precisa dar uma resposta é o Avaí. Investiu forte em 2020, mas não teve nenhum retorno dentro das quatro linhas. O time do Claudinei Oliveira, junto com os finalistas do ano passado, começa o campeonato como favorito ao título.

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Quem vai levar a taça? Quem serão os rebaixados? As respostas para essas perguntas a gente vai ver a partir da quarta-feira, dia 24. E você vai ficar por dentro de tudo na NSC. A gente faz como ninguém faz.

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*Texto de Alisson Francisco

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