Segundo o presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim Pádua Peixoto Filho, os dois times rebaixados no campeonato do ano passado – Concórdia e Imbituba – são os que postulam a entrada de mais dois clubes na disputa. Assim, em vez de 10 participantes, o Catarinense teria 12 participantes, proposta que precisa ser acolhida em votação aberta na sua maioria. Hoje, cada clube tem direito a um determinado número de votos.

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Com base nos resultados da última disputa – a campeã Chapecoense tem 10 votos; o vice Criciúma, nove, e assim por diante – os clubes votam e a proposta que tiver a maior soma é aceita. Para Delfim, o que deve prevalecer neste momento o bom senso.

– Não esperem de mim virada de mesa. As regras existem para ser respeitadas. Em 26 anos à frente da federação, nunca concordei com esse tipo de coisa nem vou concordar – afirmou.

Conforme o dirigente, o Imbituba e o Concórdia têm todo o direito de reivindicar, o que não significa que serão atendidos, pois o regulamento e o Estatuto do Torcedor não autorizam a manutenção de equipes rebaixadas na competição.

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– Acho muito difícil que isso ocorra. Eles foram rebaixados e terão de disputar a Divisão Especial. Se aumentar o número de clubes, vamos ter de mudar a fórmula, redistribuir cotas de televisão, vai esculhambar tudo – disse.

O diretor jurídico da FCF, Rodrigo Capella, informou que se o Conselho Técnico aceitar a proposta, nem Imbituba nem Concórdia serão beneficiados. Neste caso, os quatro primeiros colocados da Divisão Especial é que conquistariam o direito às vagas. Até agora, apenas o Atlético, de Ibirama, campeão do turno da Divisão Especial, está confirmado. É uma situação diferente da que ocorreu com a Chapecoense, em 2010.

– Naquele ano, o Atlético foi rebaixado porque cometeu uma infração, deixou de disputar a Copa Santa Catarina e a Chapecoense foi beneficiada. Hoje não vejo qualquer possibilidade jurídica de os rebaixados continuarem.

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O presidente da Associação do Clubes de SC, João Nilson Zunino, também acha pouco provável a mudança. De acordo com ele, as conversas mantidas com dirigentes de outros clubes não indicam trocas.

– Queremos valorizar a melhor disputa e, com 12 times, teríamos um retrocesso. Por isso, não acredito que isso ocorra – destacou.