Tem uma máxima no futebol que insiste em deixar a categoria de folclore para pleitear um lugarzinho como um fato. Trata-se da famosa “gangorra”, que está na boca do povo, e prediz: para dois times de intensa rivalidade, quando um estiver em alta, o outro estará em modo “caos”.
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Pois o momento do Figueirense é caótico, o do Avaí, apoteótico.
E a diferença entre os dois na reta final da temporada, na minha opinião, pode ser resumida na palavra ¿timing¿.
Enquanto o Avaí, após um Catarinense horrível e um turno ruim da Série B, não dormiu no ponto e tomou atitudes concretas para buscar soluções no seu futebol, o Figueirense enveredou por ações malfadadas em alguns momentos, noutros equivocadas.
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O discurso oficial da diretoria Alvinegra jamais seria de jogar a toalha. Seria até irresponsável uma manifestação pública quando, matematicamente, o time tem chances. Mas as atitudes extracampo mostram que, internamente, o sentimento é de impotência e resignação.
Neste cenário, o clube já faz uma limpa no departamento de futebol e mira a reorganização do time. Do contrário, estaria chamando a torcida para tentar uma vitória heroica diante do Corinthians. Não é o que se vê.
Chamamento de torcida que o Avaí faz. A direção do clube mantém ingressos a preços acessíveis, flexibiliza a regularização de sócios e espera no mínimo 15 mil torcedores, sábado, na Ressacada.
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Todos sabem que uma vitória sobre o Náutico deixaria o clube a seis pontos de distância do rival pela vaga. Com um jogo em casa e um fora ainda. Seria a famosa ¿mão na vaga¿.
A gangorra está aí: quem era Série A tende a virar Série B; quem era segunda divisão, pinta como elite.