Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Me permitam os leitores por começar este artigo com uma expressão que está na boca do povo e que em sua simplicidade faz um abre alas perfeito e importante para termos discernimento neste momento complexo da Série A do Brasileiro, com asterisco na tabela, dossiês, etc.

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Primeiro, os clubes só estão gritando alto em relação à arbitragem, alguns com razão, outros sem, porque há um vácuo de autoridade por parte da entidade que rege nosso futebol: ela não tem força em suas atitudes, desprotege árbitros, não sabe como valorizar os bons e punir os maus e não tem segurança em relação às medidas para garantir lisura dos jogos.

Dito isso, me parece que o Figueirense elaborar vídeo e tentar anular o jogo, por um lado, é importante para não mostrar passividade em relação a algo evidente: na reta final, os “grandes” são absurdamente favorecidos no apito. Não são erros flagrantes, é um conjunto de fatores que detona o time menor e quem acompanha futebol a fundo sabe muito bem.

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Por outro lado, desvia o foco de erros da diretoria na montagem do elenco e pode até tirar o foco do grupo na tentativa de salvação. É o “jogar para a torcida”, como se o Figueirense, por exemplo, não tenha enfrentado todo um Brasileiro sem um articulador de meio de bom nível (e neste caso é erro de montagem de grupo). Aí, com bons atacantes e uma boa zaga, que o Figueira notoriamente tem, o time fica capenga! Outro problema: se você convencer os atletas de que o motivo da derrocada é externo, estes já entram derrotados em campo, quando lutar ainda vale a pena.

No caso do Fluminense, há outro ponto absurdo. A CBF até poderia remeter o caso ao STJD, agora retirar pontos do Flamengo? Por quê? E negar o uso da tecnologia é muita burrice. Nenhum argumento sustenta isso, a não ser o desejo de que a dúvida persista. E a dúvida é a arma da bagunça e da manipulação.

Dizem que seria injusto com competições de menos poder financeiro. Ora, o campeonato mais importante, adota. Os demais não. É assim nos demais esportes. No tênis, por exemplo, a quadra central de Grand Slam tem desafio, as demais, não.

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