Santa Catarina contabiliza 34 casos confirmados de sarampo neste ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (14) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC). A confirmação representa um aumento de 61% nas ocorrências até 4 de outubro, em comparação ao último levantamento feito pelo órgão, quando eram 21 casos até 20 de setembro. Também há outras 17 suspeitas sendo investigadas.

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Entre as 13 novas ocorrências, cinco foram confirmadas em moradores de Florianópolis, seguido por Joinville e Palhoça com dois registros cada. Além desses, as cidades de Guabiruba, São João Batista, Imbituba e Concórdia tiveram seu primeiro diagnóstico.

Do total de 34 casos, metade deles está concentrado na Capital, com 17 registros, seguindo por Barra Velha com três e Joinville e Palhoça com dois cada. Além destes, o diagnóstico de mais de um paciente em um mesmo local ocorreu apenas no navio cruzeiro que esteve no Estado em fevereiro, com três tripulantes infectados. Veja no mapa:

Os 34 registros estão distribuídos em 11 municípios
Os 34 registros estão distribuídos em 11 municípios (Foto: Dive/SC / Divulgação)

Segundo o órgão, até este momento todas as ocorrências são classificadas como importadas, pois as evidências epidemiológicas demonstram que, além dos tripulantes do navio de nacionalidade estrangeira que atracaram no verão em SC, os novos casos registrados a partir de julho têm histórico de residência, deslocamento ou provável contato com casos confirmados no estado de São Paulo e Paraná, onde estão ocorrendo surtos.

Segundo a Dive/SC, a doença tem sido mais comum em jovens adultos com idade de 20 a 29 anos, eles representam 55% dos casos, seguido da faixa etária de menores de 10 anos 23,0%. A doença pode ser mais agressiva em adultos do que em crianças, de acordo com o infectologista da Dive/SC, Luiz Escada, o sarampo é causado por um vírus extremamente contagioso. É transmitido com grande facilidade por secreções, como saliva e catarro da pessoa contaminada.

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É considerada uma doença de infância, pois ocorre especialmente nos primeiros três anos de vida, com duração entre uma e duas semanas. Porém, para os adultos tende a trazer mais transtornos.

— O que determina a gravidade da doença é como o seu corpo reage a isso. No caso dos adultos o sistema imunológico já está formado, então a defesa do organismo será mais agressiva, intensificando os sintomas — comenta Escada

Entre os sintomas, destaca-se a febre alta, tosse com muito catarro e também conjuntivite. O médico ressalta que o paciente que foi contaminado pelo vírus tem "cara de sarampo".

Prevenção

A única forma de prevenir o sarampo é por meio da vacinação, por este motivo uma campanha foi organizada pelo Ministério da Saúde com foco em crianças menores de cinco anos e jovens adultos entre 20 e 29 anos que não tenham sido imunizados. Além desta medida também recomenda-se a intensificação da vacinação de rotina para as crianças menores de um ano com a aplicação de uma dose extra.

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Existem três tipos de imunização contra o sarampo, porém de acordo com o Ministério da Saúde cabe ao profissional de saúde aplicar a vacina adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica, são elas:

Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;

Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;

Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

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