Os sintomas facilmente se confundem com outras doenças, mas os donos de cães precisam estar atentos. A incidência de cinomose e parvovirose, vírus que podem levar a morte rapidamente de cachorros aumentaram bastante na Grande Florianópolis desde o mês de dezembro.
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Coincidência ou não com a temporada, o número de proprietários passeando com seus amigos caninos diminuiu no Parque de Coqueiros após um rumor que o local seria um foco das doenças. As colegas Janaina Bittencourt e Daiane Brasil eram as únicas passeando com seus pets na manhã de segunda-feira:
– Eu ouvi falar e percebi que tem menos gente com os cachorros, mas não me preocupo tanto porque a Chiquita é vacinada. Mas se realmente existe, acho que a Prefeitura deveria tomar alguma providência. No mato da Ponta do Ataliba tá cheio de cachorro de rua que atacam os menores – diz Janaina.
Daiane está mais preocupada com a situação, e pensa em parar de frequentar o parque com o Lulu da Pomerânia Dick, de um ano, se o boato for verdadeiro.
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No Hospital Veterinário Florianópolis, no Bairro Estreito, foram cerca de oito atendimentos por cinomose e 10 por parvovirose desde dezembro, número maior do que o habitual, geralmente um ou dois por mês. Vários dos animais diagnosticados eram da região de Coqueiros.
O veterinário Mateus Rychescki explica que a primeira providência ao desconfiar é isolar o cachorro. As duas doenças são altamente contagiosas e podem levar a morte se não forem tratadas:
– Os vírus às vezes podem demorar de 7 a 14 dias para se manifestar, por isso é importante levar no veterinário para fazer o diagnóstico. Muitas vezes os sintomas são confundidos com outras doenças. Hoje temos exames que mapeiam o DNA do vírus dentro do animal e são precisos – disse.
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Mateus explica que é necessário internação para o tratamento, e apesar do vírus não ser contagioso para seres humanos, toda roupa utilizada por profissionais que vão tratar os animais é jogada fora para evitar novas contaminações.
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