Os dados da pandemia do coronavírus em Blumenau nesta sexta-feira (3) trazem ânimo à comunidade: É o menor número de casos ativos da doença do ano, além da menor taxa de internação em UTI desde novembro de 2020. Os bons indicadores, porém, precisam ser comemorados com cautela. É preciso mais tempo para entender o futuro da pandemia na região e as medidas de prevenção continuam extremamente necessárias.
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Em toda a cidade há 272 pessoas contaminadas. É a menor quantidade desde setembro do ano passado, quando o município chegou a registrar menos de 250 infectados. Com isso, a média móvel de novos casos, que é o total da última semana dividido por sete, também despencou, chegando a 47,3 nesta semana. O pico foi em novembro, quando Blumenau passou a média de 430 novos diagnósticos.
A queda no total de infectados reflete também nos leitos de UTI dos hospitais, a maior preocupação dos gestores públicos. Desde novembro, este é o menor número de blumenauenses internados em estado grave devido às complicações causadas pelo vírus. São 19 pessoas nesta situação. Em julho, chegou a 49. No pior momento, em abril deste ano, mais de 70.
A razão dessa melhora está diretamente ligada à vacinação, mas não só a ela, explica o infectologista Amaury Mielle. Para o especialista, o percentual de 31% da população completamente imunizada tem papel importante, mas quando atrelada ao uso de máscara e à imunização natural, o resultado é ainda melhor.
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— Os números sem dúvida deixam a gente um pouco mais animado. Estávamos na expectativa de ter a [variante] Delta predominando aqui no Brasil. Pensando em variantes, é muito provável que essa competição da Delta com as outras quatro que temos também esteja contribuindo para evitar a predominância dela aqui — analisa Mielle.
A variante Delta, mais transmissível, é responsável por novas ondas da Covid-19 em outros lugares do mundo e até do país. O Rio de Janeiro, por exemplo, tem registrado aumento de novos casos, diferente de Santa Catarina, que vive um momento de estabilização. Com cada Estado apresentando uma realidade distinta, fica difícil prever o futuro catarinense, já que a Delta acaba “disputando” com as outras mutações existentes:
— Tudo é questão de observar, mas temos que dar tempo ao tempo, esperar e ver como vai ser a evolução nos próximos dias. É muito difícil fazer uma previsão diante desse cenário — diz Mielle.
Apesar do futuro ainda incerto, a vacinação e os cuidados continuam sendo as soluções neste caminho em direção ao fim da pandemia. Em Blumenau, até o momento, 633 pessoas morreram devido ao coronavírus. Boa parte delas não teve chance de ser imunizada, escolha que 62,9% dos moradores já fizeram ao tomar a primeira dose até esta quinta-feira (2).
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Bairros com mais casos
Velha – 23
Itoupava Central – 22
Progresso – 21
Escola Agrícola – 14
Tribess – 14
Velha Central – 14
Vila Nova – 13
Itoupava Norte – 11
Ponta Aguda – 10
Água Verde – 10
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