A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) investiga três casos suspeitos de Febre Amarela na região Norte de Santa Catarina. São dois casos em Itapoá e em um Joinville. Os pacientes que podem ter a doença passaram por exames nos últimos dias que foram encaminhados para análise ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Florianópolis.

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O resultado do exame deve ficar pronto em até 20 dias. A vigilância investiga se as pessoas contraíram a doença no Estado ou se ela foi importada de outras regiões do país. De acordo com informações da Dive-SC, os três pacientes têm histórico de viagens nos últimos meses.

No total, foram notificados 15 casos suspeitos de Febre Amarela no Estado, 12 foram descartados – sendo quatro pelo critério laboratorial e oito pelo critério clínico – e os outros três continuam em investigação.

Santa Catarina permanece como área de recomendação de vacinação contra a febre amarela. No estado vizinho do Paraná, já houve confirmação de cinco casos de febre amarela. A imunização é a medida mais eficaz para a proteção contra a doença. Ela é elaborada a partir de vírus vivo atenuado, que estimula a produção de anticorpos. A ocorrência de eventos adversos, em especial os considerados graves, é rara, necessita de atendimento médico imediato e deve ser investigada pela vigilância epidemiológica.

Vacinação abaixo da meta

Desde 1942, a febre amarela é considerada erradicada nas áreas urbanas do país. O cenário mudou entre 2016 e 2017 quando casos da doença começaram a aparecer no Brasil. Dentre os principais sintomas estão: febre acima de quarenta graus, mal estar, dor de cabeça e nos músculos, náusea e vômito. Em casos mais graves, ela pode levar à morte.

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Ainda que a vacina seja a melhor medida contra a doença, a imunização em Joinville está abaixo da meta. Para este ano, a cidade tem a meta de imunizar 382 mil pessoas – número correspondente total de público-alvo previsto na campanha, que engloba pacientes de nove meses aos 59 anos.

De acordo com o Centro de Vigilância em Saúde, do dia 1º de janeiro até a manhã desta quinta-feira (21), 28.353 joinvilenses foram vacinados. Neste sábado acontece mais um o mutirão de vacinação contra a febre amarela para ajudar a atingir a meta de imunizados. (veja locais na lista abaixo).

A quantidade significa 7,4% do total da cobertura imunológica prevista – o índice está bem abaixo da meta que é de 95%. As unidades que atenderam no último mutirão aplicaram também vacinas contra outras doenças. Entretanto, a enfermeira do Centro de Vigilância em Saúde, Sandrine Teuber, lembra que o foco da ação aos sábados é o combate à febre amarela.

— É importante que a pessoa resgate sua carteira de vacinação e apresente na unidade de saúde. Desse modo, podemos verificar se já tomou alguma dose e fazer a orientação adequada — explica Sandrine.

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A imunização contra a febre é uma dose única e quem já recebeu não precisa se vacinar novamente, já que a dose vale para a vida toda. A vacina somente não é recomendada para pessoas fora da faixa etária do público-alvo, gestantes, mulher amamentando criança menor de 6 meses, pessoa com alergia grave a proteína do ovo.

Perguntas frequentes sobre a doença:

O que é a febre amarela?

É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.

Quais os sintomas?

Os sintomas iniciais incluem: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver: febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença na forma grave podem morrer. Vale chamar a atenção para o fato de que a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.

Como se manifesta?

O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender até 15 dias. A maioria das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais, no entanto cerca de 15% apresentam apenas um breve período de horas a 1 dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Essa pessoa doente pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos transmissores durante, no máximo, 7 dias (entre 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após). Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura. Isso quer dizer que você só pode ter febre amarela uma vez na vida.

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O que você deve fazer se apresentar os sintomas?

Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima. Informe-o sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas e, também, se houve mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou.

Como a febre amarela é tratada?

Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e na cabeça com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

Veja unidades que abrem durante o mutirão:

DISTRITO SUL

UBSF Itinga Continental – 8 às 17h

UBSF Km4 – 8 às 17h

UBSF Jardim Edilene – 8 às 16h

UBSF Ulysses Guimarães – 8 às 17h

UBS Itaum – 8 às 16h

UBSF Bucarein – 8 às 11h

UBS Jardim Iririú – 8 às 16h

UBSF Dom Gregório – 8 às 16h

UBSF Aventureiro III – 8 às 17h

UBS Bakitas – 8 às 16h

UBSF Moinho dos Ventos – 9 às 17h

UBS Saguaçu* – 8hs às 16hs

UBS Vila Nova – 8 às 17h

UBSF São Marcos – 8 às 16h

UBSF Morro do Meio – 8 às 17h

*Observação: a UBS Saguaçu está aberta até as 21 horas de segunda a sexta-feira, até dia 22 de fevereiro, e de 25 de fevereiro até 1 de março