O caso Oscar Pistorius remete ao de outro ídolo do esporte acusado de homicídio. No meio dos anos 1990, O.J. Simpson, estrela aposentada do futebol americano e ator bissexto (apareceu nos filmes Corra que Polícia Vem Aí), foi a julgamento, acusado de matar a ex-mulher e seu amigo. Após 11 meses entre a escolha do júri e a decisão, foi absolvido.

Continua depois da publicidade

Veja mais:

Leia tudo sobre o Caso Oscar Pistorius

Galeria de fotos: Pistorius e Reeva, o namoro que acabou em tragédia

Continua depois da publicidade

Nicole Simpson, que havia se divorciado de O. J. dois anos antes do caso, e Ronald Goldman, foram encontrados mortos no dia 13 de junho de 1994, em Los Angeles. As evidências encontradas no local do crime fizeram que a polícia apontasse o ex-jogador de futebol americano como o principal suspeito.

Quatro dias depois, o caso ganhou contornos hollywoodianos. Após denúncia de um motorista, a polícia perseguiu o carro em que O.J. estava. Quando as sirenes da viatura soaram atrás do veículo, seu amigo, A.C. Cowlings, que o conduzia, informou que Simpson estava com a arma apontada para a própria cabeça, pronto para se matar. A partir daí, mais de 20 carros seguiram O.J. por uma estrada próxima a Los Angeles, enquanto canais de televisão mandavam helicópteros para filmar a perseguição. Simpson só decidiu se entregar quando seu ex-técnico, John McKay, ligou para convencê-lo.

A cobertura da mídia foi a tônica do julgamento, com as principais redes de televisão norte-americanas dedicando grande parte de suas programações à transmissão. Personagens como o advogado de O.J., Johnnie Cochran, e o juiz, Lance Ito, transformaram-se em figuras conhecidas do público. Por influência de Cochran, que revelou casos de suposto racismo do detetive Mark Fuhrmann, que conduziu as investigações, houve temores de que uma condenação pudesse causar revolta entre os negros.

Continua depois da publicidade

O veredito veio no dia 3 de outubro de 1995. Estima-se que mais de 100 milhões de pessoas pararam para acompanhar a decisão, que absolveu o acusado.

Hoje com 65 anos, Simpson cumpre pena em uma penitenciária de Nevada por outros crimes. Em setembro de 2007, ele foi preso em Las Vegas, acusado de liderar roubo à mão armada em um hotel-cassino e sequestro. Em 2008, foi considerado culpado e sentenciado a 33 anos de prisão, com um mínimo de nove anos sem condicional.