O rapper americano Sean “Diddy” Combs irá testemunhar e planeja contar sua versão dos fatos, segundo o advogado dele, Marc Agnifilo. Ainda não há data prevista para o julgamento.

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— Não sei se consigo mantê-lo fora do banco das testemunhas. Ele está muito ansioso para contar sua história — disse o advogado, em depoimento a um documentário do TMZ.

— Ele tem sua história e somente ele pode contá-la. É uma história humana. É uma história de mágoa. É uma história de coração partido — declarou o advogado, se referindo ao relacionamento do artista com Cassandra Ventura, ou Cassie, a ex-namorada que o denunciou por uma série de abusos físicos e sexuais.

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Diddy foi preso na última segunda-feira (16) em Manhattan, em Nova York. As acusações que pesam sobre ele incluem crimes graves, como tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, conforme relatório divulgado pela Promotoria da Cidade de Nova York.

Durante uma audiência no tribunal, P. Diddy declarou-se inocente das acusações, mas o juiz responsável pelo caso considerou que sua liberdade poderia representar um risco para as investigações e negou a possibilidade de pagamento de fiança.

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Entenda as acusações

Conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs é um poderoso magnata do setor musical e foi mentor de diversos astros da música, como Usher. Também é um dos responsáveis pela transformação do gênero do hip hop.

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Na apresentação do caso, a promotoria levou 14 páginas de acusação contra o rapper, incluindo crimes como participação em um incêndio criminoso, suborno, sequestro e obstrução da Justiça. No entanto, o caso foi levado aos tribunais após as investigações apontarem a participação de Combs na organização de “freak-offs” e depois encobrir qualquer dano aos quartos de hotel ou às pessoas envolvidas.

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O “freak-offs” eram festas que envolviam “maratonas sexuais” em que mulheres se reuniam com prostitutos para fazer sexo em uma suíte de hotel de luxo que, segundo o governo, era preparada para filmagem e abastecida com óleo de bebê e drogas. Nesta ação, geralmente outro homem observava e, às vezes, gravava os eventos em vídeo.

De acordo com a acusação, essas sessões eram performances sexuais elaboradas e produzidas, que envolviam uso de drogas e sexo coagido. Durante as investigações foram encontrados milhares de frascos de óleos de bebês e lubrificantes, além de fluidos intravenosos que, de acordo com a promotoria, eram usados para reidratar os participantes, já que eles ficavam tão debilitados que precisavam desses fluidos para se recuperar.

A defesa do rapper afirma que ao menos seis homens apontados como trabalhadores sexuais negaram que o ato não foi consensual ou se possuía alguma vítima bêbada ou drogada durante as festas de Combs. Aos serem questionados se havia o menor indício de que uma mulher não estivesse consentido o ato, eles também negaram, segundo o advogado.

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