O pastor de Itajaí, marido de Mariane Kelly dos Santos, 35, encontrada morta no dia 9 de abril, em Navegantes, foi denunciado por feminicídio, ocultação de cadáver, homicídio qualificado, fraude e corrupção de menor. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fez a denúncia e pediu a prisão preventiva do homem de outras duas pessoas nesta terça-feira (4).
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Segundo o MP, a prisão preventiva foi pedida, também porque eles já haviam fugido após o corpo da vítima ser encontrado e só foram capturados após a expedição do mandado de prisão temporária, cumprido pela Polícia Civil de Itajaí.
A 2ª Promotoria de Justiça denunciou três dos quatro suspeitos do homicídio de Mariane Kelly à 2ª Vara Criminal da Comarca de Itajaí e pediu a conversão da prisão temporária dos denunciados em preventiva.
De acordo com a denúncia, elaborada com base na investigação da Polícia Civil, o marido da vítima planejou o crime com a sua amante, que era vizinha do casal. A amante do pastor, e o genro dela estão presos em Pernambuco, onde foram capturados. O marido da vítima, mandante do crime, também cumpre prisão temporária, mas está detido em Itajaí.
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O crime
O delegado da DIC de Itajaí, Sérgio Sousa, explica que na noite do assassinato, dia 8 de abril, a vítima contou a uma colega de trabalho que o marido iria buscá-la, por volta das 19h, momento em que Mariane sairia do trabalho. No entanto, uma mensagem enviada por ele momentos antes de ela desaparecer perguntava se Mariane iria para casa de Uber, segundo a polícia.
Segundo a polícia, teria sido o genro o responsável por golpear Mariane no momento em que ela entra no carro. Ele, também, teria a esfaqueado até a morte. De acordo com o delegado, foram 27 golpes de faca na região do rosto e do pescoço.
> Confira todos os detalhes do crime apurados na investigação feita pela Polícia Civil
Relembre o caso
O corpo de Mariane foi encontrado no dia 9 de abril no Rio Itajaí-Açu, em Navegantes.
A mulher trabalhava em uma cafeteria de Itajaí e saiu do serviço na quinta-feira (8), no começo da noite. Como não chegou em casa, o marido, que é pastor de uma igreja evangélica, pediu ajuda nas redes sociais para encontrá-la, dizendo que a esposa teria desaparecido depois de entrar em um carro de aplicativo. Uma corrente do bem se formou na internet em busca de Mariane e um boletim de ocorrência foi feito.
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A angústia durou pouco menos de 24 horas, mas foi substituída pela perplexidade. No início da tarde do dia seguinte, um pescador encontrou o corpo de Mariane boiando no rio, próximo à Rua Manoel Evaldo Muller, em Navegantes. A Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias foram acionados.
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