O presidente da Câmara no exercício da Presidência da República, deputado Marco Maia (PT-RS), disse nesta sexta-feira que, na próxima segunda-feira, vai criar uma comissão de sindicância formada por servidores da Casa para investigar a situação da contratação de Carlos Lupi, ministro do Trabalho, como servidor da Câmara.

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– Temos que olhar as circunstâncias da contratação e buscar informações da Câmara Legislativa do Rio de Janeiro – disse Maia.

De acordo com denúncias recentes, Lupi acumulou cargos públicos na Câmara dos Deputados e na Câmara Legislativa do Rio de Janeiro, o que é proibido pela legislação brasileira. Segundo Marco Maia, só a partir do que ficar comprovado pelas investigações é que medidas cabíveis poderão ser tomadas.

De acordo com ele, a expectativa é que o ministro preste os esclarecimentos necessários.

– Não é possível ocupar duas funções públicas – salientou.

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Em relação ao parecer da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que recomendou a demissão do ministro Lupi, Marco Maia disse que é preciso respeitar a posição da comissão, mas que a posição da presidente Dilma Rousseff de pedir mais informações “está corretíssima”.

– Ela não é obrigada a acatar a decisão da comissão. Ela vai pedir mais informações para então fazer uma análise e tomar uma decisão – disse.

As declarações de Marco Maia foram feitas antes da abertura do 22º Congresso Nacional do PSB, que ocorre até este sábado, em Brasília.