A Polícia Civil investiga se Luna Bonett Nathielli Gonçalves, de 11 anos, encontrada morta em Timbó, no Vale do Itajaí, foi vítima de violência sexual. O crime aconteceu na quinta-feira (14), e a mãe confessou ter matado a filha. Ela e o padrastro da criança estão presos.
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O delegado André Beckman, responsável pelo caso, confirmou que o casal cumprirá prisão temporária por 30 dias. Neste prazo, a polícia investiga se o padrastro teve alguma participação na morte de Luna e se a menina foi vítima de crime sexual.
Em depoimento, a mãe disse à polícia que agrediu a filha porque não aceitava que ela fosse sexualmente ativa. Já o padrasto ficou em silêncio durante o segundo depoimento. Apontado como suspeito pela Polícia Militar, ele negou, em um primeiro momento, a autoria do crime.
O casal depôs à Polícia Civil um dia depois de a menina ser encontrada morta e foi novamente intimado após laudos médicos e técnicos apresentarem contradições entre a versão apresentada por eles e o tipo de ferimentos encontrados no corpo da criança.
Menina tinha lesões internas
A primeira versão apresentada pelo casal foi de que a menina caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. A dupla informou que apesar da queda, a criança ficou consciente, jantou, tomou banho e foi dormir. À meia-noite, eles constataram que ela estava passando mal e chamaram os bombeiros.
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Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de escada. Ela tinha diversas lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também tinha ferimentos.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina.
Hospital encontrou sangue nas roupas íntimas da criança
Os bombeiros foram até a casa após o acionamento e encontraram a criança sem sinais vitais. Mesmo assim, ela foi encaminhada para o Hospital OASE, que também fica em Timbó. A médica de plantão verificou que além das lesões, a menina tinha um sangramento em suas roupas íntimas.
A Polícia Militar foi chamada e encaminhou os responsáveis até a Delegacia de Indaial ainda na madrugada. Na ocasião, eles foram ouvidos e liberados.
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