Um objeto semelhante ao usado para domar cavalos pode ter sido utilizado para agredir a menina Luna Gonçalves, assassinada no último mês de abril em Timbó.
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O relho improvisado com galhos de árvore foi apreendido na última semana durante o cumprimento de mandados na casa onde a pequena de 11 anos morava com a mãe, o padrasto e as irmãs.
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A informação foi dada pelo delegado André Beckman, responsável pelo caso, durante uma coletiva na manhã desta terça-feira (10).
Além do relho, os agentes ainda buscaram por documentos e outros objetos que possam indicar histórico de agressões contra Luna — como cartas ou bilhetes escritos pela menina.
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— [Buscamos por] instrumentos do crime, anotações, documentos que ajudem a entender o contexto da situação que ocorria na casa. Por exemplo, se era um cárcere privado, como alguns relatam, e até se eventualmente a criança possa ter escrito alguma coisa após violências sofridas — afirma o investigador.
O inquérito que apura o assassinato ocorrido no dia 14 de abril ainda está aberto. O prazo para conclusão é no fim desta semana, porém a polícia não descarta pedir mais 30 dias para finalizá-lo.
Questionado pelo Santa sobre o laudo que possa confirmar violência sexual contra Luna, o delegado André Beckman confirmou que recebeu o documento, porém “pediu complementações” antes finalizar a investigação.
> Leia também: Laudo revela brutalidade com que menina de 11 anos foi assassinada em Timbó
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Relembre o caso
Luna foi encontrada morta em Timbó na madrugada de quinta-feira (14/4). Ela vivia com a mãe, o padrasto, a irmã de seis anos e o irmão de nove meses, segundo apurou a Polícia Civil. O casal estava se relacionando há cerca de um ano, ainda conforme informações do delegado.
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O atestado de óbito de Luna Nathielli Bonett Gonçalves, 11 anos, mostra a brutalidade com que a adolescente foi assassinada. Conforme o laudo, a garota sofreu politraumatismo. Ela tinha lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino, uma laceração na vagina e também estava com o rosto machucado.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe confessou ter matado a própria filha com socos e chutes como forma de represália, já que não aceitava que a filha havia se tornado “sexualmente ativa”. A mulher e o padrasto foram presos dois dias após a morte da menina.
Inicialmente, o casal disse que a menina havia caído de uma escada ao tentar pegar um gato e que seguiu realizando as atividades normalmente após o acidente, até a hora de dormir. Mais tarde, teria passado mal e chamaram os bombeiros.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina.
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