Luna Gonçalves, a menina de 11 anos morta em Timbó na última quarta-feira (13), estava desde o começo do mês sem ir à escola. A constatação foi feita pela Polícia Civil durante as investigações sobre o caso. A família teria proibido a menina e a irmã mais nova de irem à instituição de ensino porque Luna teria arrumado um namorado. 

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— Ela teria descoberto a situação [do namorado] e pretendia mudar as crianças de escola — diz o delegado André Beckman.

A direção da escola estadual, que fica no bairro Imigrantes, o mesmo em que a vítima morava, teria alegado que estava formalizando os trâmites para alertar o Conselho Tutelar sobre a ausência das meninas por mais de 10 dias. A instituição também confirmou que a família tinha pedido os documentos para fazer a transferência para outro colégio. 

O caso

O atestado de óbito de Luna Nathielli Bonett Gonçalves, 11 anos, mostra a brutalidade com que a adolescente foi assassinada. Conforme o laudo, a garota sofreu politraumatismo. Ela tinha lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino, uma laceração na vagina e também estava com o rosto machucado.

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De acordo com a Polícia Civil, a mãe confessou ter matado a própria filha com socos e chutes como forma de represália, já que não aceitava que a filha havia se tornado “sexualmente ativa”. A mulher está presa preventivamente desde o final da semana passada.

O padrasto de Luna também está detido.

A Polícia Civil investiga agora se a garota foi vítima de crime contra a dignidade sexual e qual teria sido a participação do homem no crime. Durante o interrogatório, ele ficou em silêncio.

Inicialmente eles disseram que a menina havia caído de uma escada ao tentar pegar um gato e que seguiu realizando as atividades normalmente após o acidente, até a hora de dormir. Mais tarde, teria passado mal e chamaram os bombeiros.

A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina.

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