Um ano depois do crime, o julgamento do caso Luna, a menina de Timbó de 11 anos que foi morta dentro da própria casa, ainda não tem data para acontecer. Os réus, mãe e padrasto da vítima, estão presos. Recentemente, a defesa moveu um recurso junto ao Tribunal de Justiça (TJ). Para o Ministério Público (MP), porém, o júri deve ser marcado ainda neste ano.
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O caso bárbaro chocou a região em abril de 2022. Luna Gonçalves foi encontrada sem vida na madrugada do dia 14 depois de ser espancada várias vezes e sofrer violência sexual com o uso de um objeto, apontou a perícia. A mãe dela chegou a assumir a autoria do homicídio sozinha, o que foi desmentido pela investigação.
O processo segue em segredo de justiça e, por isso, tanto o Tribunal quanto o MP não quiseram comentar o assunto. Sabe-se que o casal não apresentou advogado, o que exigiu que o judiciário nomeasse dois profissionais da região para o trabalho — procedimento comum quando o réu não tem defensor.
No mês passado, um dos advogados interpôs recurso ao TJ. Apesar disso, a promotoria do caso espera que a data do júri saia ainda em 2023. Os dois foram acusados pelos crimes de homicídio qualificado por ter sido praticado por motivo fútil e torpe; com meio cruel; sem possibilidade de defesa; e por se tratar de feminicídio, estupro de vulnerável, tortura, cárcere privado e fraude processual. A mãe ainda responde por autoacusação falsa.
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Relembre o caso
A polícia concluiu que o padrasto foi até a escola da menina por volta das 15h30min do dia 13 de abril, para tentar transferi-la e não conseguiu. Ele voltou para casa frustrado e começou a agredir a menina com socos, chutes, cotoveladas e um objeto para domar cavalo, que deixou marcas no corpo. As agressões aconteceram até ela ficar desacordada. Professor de artes marciais, ele saiu para dar aula e quando voltou continuou as agressões, que resultaram na morte da criança.
Por volta da meia-noite, o casal chamou o socorro afirmando que ela havia caído de uma escada, mas Luna já estava sem vida. Segundo os promotores de Justiça, após a morte da menina, a mãe e o padrasto apagaram a memória de seus celulares e iniciaram a limpeza e reorganização da cena do crime.
De acordo com a investigação policial, os professores começaram a desconfiar da situação de violência que ela sofria em casa, o que motivou o pedido de transferência. Ela ficou todo o mês de abril fora do colégio. De acordo com a polícia, o padrasto foi o único homem que teve contato com a criança naquele mês.
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