Após duas manifestações favoráveis para que o júri popular de Evanio Prestini ocorra, um pedido de vistas de um dos desembargadores do Tribunal de Justiça adiou a decisão marcada para esta quinta-feira (18). Nesta tarde, os três magistrados de Florianópolis começaram a avaliar o pedido da defesa de Prestini, motorista do Jaguar envolvido em um acidente que matou duas jovens na BR-470, em Gaspar, em fevereiro do ano passado. 

Continua depois da publicidade

​> Quer receber notícias de Blumenau e do Vale por WhatsApp? Clique aqui e entre no grupo do Santa

Os advogados do condutor buscam modificar a decisão da juíza Camila Nicoletti, de Gaspar, que diz que Prestini deve ir a júri popular por dois homicídios e tentativa de três homicídios, além de responder pelo crime de trânsito por dirigir embriagado. Os defensores pedem, em uma tentativa de evitar o júri, que o cliente responda por homicídio culposo e lesão corporal culposa no trânsito. 

Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal, na avaliação desta quinta o relator, desembargador Alexandre d’Ivanenkos, votou por manter a classificação da juíza, porém Sidney Eloy Dalabrida pediu vista para avaliar um ponto do processo. José Everaldo Silva sinalizou que acompanhará o voto do relator, mas devido ao pedido de vista a computação do voto não ocorreu. A conclusão da sessão está marcada para o dia 9 de julho. 

Se a votação se confirmar unânime, a defesa de Prestini pode recorrer aos tribunais superiores, em Brasília. Um outro pedido foi avaliado nesta quinta. O Ministério Público solicitou a inclusão da qualificadora de perigo comum, o que pode significar uma pena maior se o réu for condenado. No entanto, o Tribunal negou a inserção do agravante.

Continua depois da publicidade

O acidente na BR-470

A batida envolvendo o Jaguar e o Fiat Palio aconteceu por volta das 6h da manhã de 23 de fevereiro na BR-470, em Gaspar. Duas garotas morreram, Amanda Grabner Zimmermann, 18, e Suelen Hedler da Silveira, 21. O condutor do carro de luxo, Evanio Prestini, foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido.taq

Ele foi preso em flagrante. No dia seguinte ao acidente, a prisão foi convertida para preventiva. Os advogados de Evanio pediram a revogação da prisão, que foi negada pela Comarca de Gaspar.

A defesa, então, entrou com o pedido de uma liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que também foi negado. Quase duas semanas depois, no julgamento do Colegiado, os desembargadores decidiram por manter Evanio no Presídio Regional de Blumenau.

Porém, em julho, Prestini teve a liberdade provisória concedida após decisão do Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha. A medida foi publicada em regime de plantão. Ele deixou a unidade prisional no carro dos advogados.

Continua depois da publicidade