A Justiça do Amazonas condenou Ademar e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe da de Djidja Cardoso, além de outras cinco pessoas, nesta terça-feira (17), por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A ex-sinhazinha foi encontrada morta no final de maio em Manaus. A suspeita é de que ela sofreu uma overdose de cetamina. As informações são do g1

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Além da mãe e do irmão, o juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas do Amazonas (VDTD), também condenou o ex-namorado da vítima, Bruno Roberto, dois comerciantes suspeitos de fornecer cetamina, um coach que se passava por personal da família e uma gerente da rede de salões de beleza da ex-sinhazinha. Todos foram condenados a 10 anos, 11 meses e oito dias de reclusão. 

Veja fotos de Djidja Cardoso

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Quem são os condenados

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja)
  • Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja) 
  • José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina)
  • Sávio Soares Pereira (sócio de José Máximo na clínica veterinária)
  • Hatus Moraes Silveira (coach que se passava por personal da família de Djidja) 
  • Verônica da Costa Seixas (gerente de uma rede de salões de beleza da família de Djidja)
  • Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja) 

Entre os condenados, apenas Verônica e Bruno Roberto, que estão em liberdade provisória, poderão recorrer em liberdade. Os demais, vão cumprir suas penas no regime fechado, conforme a sentença judicial.

Os réus Emicley Araujo Freitas Júnior, ex-funcionário da clínica que fornecia a droga, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, ex-funcionários do salão de beleza da ex-sinhazinha, foram absolvidos pela Justiça por falta de provas. 

A sentença da Justiça do Amazonas trata exclusivamente dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os crimes de charlatanismo, curandeirismo, manipulação e adulteração de medicamentos, estupro e outros serão desmembrados e encaminhados às varas competentes para investigação.

A reportagem procurou as defesas dos réus, mas não teve retorno até a publicação.

Relembre a morte de Djidja Cardoso

Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi encontrada morta no dia 28 de maio, em Manaus. A suspeita é que ela tenha morrido em decorrência de uma overdose de cetamina.

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Além dela, o irmão e a mãe já eram investigados por envolvimento no grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, que usava drogas sob o pretexto de alcançar uma plenitude espiritual. Três funcionários da empresária também foram presos pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, e também pelo crime de estupro, em nome de Ademar Farias, irmão de Djidja.

A empregada doméstica que trabalhava na casa da família relatou as agressões de Cleusimar com Djidja durante o inquérito, entre elas “assanhar” os cabelos, beliscá-la e torcer seu braço.

— Djidja estava fraca e mal conseguia se defender e inclusive sempre pedia para Cleusimar parar com o comportamento que a machucava — disse.

Imagens coletadas nas investigações mostram a ex-sinhazinha com um corte profundo no couro cabeludo, sem indicar o que teria causado o ferimento.

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A empregada ainda disse que ao longo dos anos o uso da droga foi se tornando mais frequente, junto ao do anabolizante Potenay, de uso em animais de grande porte.

Ela revelou que eles costumavam pedir analgésicos por telefone, logo pela manhã, no café. A droga era dividida, sendo 20ml para Djidja, 20ml para Ademar e 10ml para Cleusimar.

Outros familiares tinham conhecimento da dependência química e teriam denunciado o caso à polícia um ano antes da morte de Djidja.

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