Uma mulher de 50 anos foi libertada pela Polícia Militar após passar mais de 15 dias sendo agredida, torturada e mantida em cárcere privado pelo marido. O crime ocorreu em Rodeio, no Vale do Itajaí, e veio a público neste domingo (13), quando a vítima conseguiu enviar mensagem à irmã pedindo ajuda. 

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O relato chegou a PM através de mensagens de WhatsApp e a corporação decidiu ir averiguar. O caso se confirmou e o agressor foi preso.

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Quando a polícia chegou na residência do casal encontrou a mulher deitada em uma cama gritando por socorro e sendo segurada pelo agressor. Em vídeo enviado por ela à irmã, a vítima aparece sofrendo agressões físicas, psicológicas e também sendo abusada sexualmente, segundo a Polícia Militar de Rodeio. 

A mulher tem uma deficiência em uma das pernas, o que dificultava a locomoção, contou a PM. Após ser solta, se constatou ferimentos na testa, braços e nos seios na vítima. “Ela estava com lesões leves no momento e marcas de tortura, como apertões, mordidas e socos, sofridos durante o cárcere”, informou a corporação.

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O homem tentou justificar as agressões alegando sofrer de dependência de álcool. Contou que é pedreiro e está desempregado. Ainda alegou que a esposa sofre de problemas psicológicos e estava tentando ajudá-la. O homem foi preso em flagrante e levado à Central de Plantão Policial em Blumenau, onde o delegado o manteve preso. 

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De acordo com a Polícia Civil, o agressor vai responder por cárcere privado, ameaça e lesão corporal, todos no âmbito da violência doméstica. Conforme depoimento da vítima, ela não tinha acesso ao celular e conseguiu pegar o aparelho em um descuido do agressor. Segundo a apuração, o homem “mandava ela se matar” durante o cárcere. 

O casal mora sozinho há pouco mais de um mês no local onde aconteceu o crime. A vítima contou que antes viviam em Indaial e até ser mantida trancada dentro de casa era ela quem trabalhava para sustentar os dois. 

A mulher relatou à PM que essa não foi a primeira vez a sofrer nas mãos do companheiro, mas que nunca chegou a ligar para o 190 porque tinha medo.

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