A Justiça marcou para o ano que vem o julgamento do policial militar Sandro José Romanovicz, que atirou e matou um suspeito durante uma perseguição em março de 2009, no bairro Boa Vista, em Joinville. Lutian dos Santos, 20 anos, recebeu pelo menos quatro tiros depois de bater e abandonar uma picape que havia sido roubada.

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Com ele estavam outros dois suspeitos do roubo, mas conseguiram fugir e nunca foram encontrados. Sandro atuava à paisana, numa viatura descaracterizada, quando recebeu a informação do roubo. Ele encontrou o carro dos suspeitos perto da ponte do Trabalhador e passou a perseguir o veículo.

Após sair do veículo no instante em que a picape atingiu um muro, segundo a denúncia, Lutian ainda correu cerca de 150 metros até ser baleado. O policial alegou que só atirou porque Lutian não obedeceu à voz de prisão e levou a mão à cintura como se fosse sacar uma arma.

A versão fundamentou a defesa do PM na Justiça. Mas as circunstâncias da morte convenceram o promotor Felipe Martins de Azevedo de que o suspeito foi baleado quando já havia se rendido. Ao denunciar o policial por homicídio, o Ministério Público destacou que Lutian usava bermudas frouxas, camiseta e tênis que o impediriam de esconder uma arma.

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A defesa de Sandro recorreu ao Tribunal de Justiça contra a decisão de levá-lo a júri popular, mas não teve sucesso. Assim, a 1ª Vara Criminal de Joinville marcou o julgamento para 1º de abril de 2014. O PM responde ao processo em liberdade e continua na corporação.