O julgamento da morte do empresário Gustavo Alberto Sagaz, de 34 anos, terminou com a absolvição de Camila Fernanda Franca Pereira. A mulher era acusada de envolvimento no assassinato do marido. O júri ocorreu nesta terça-feira (12), em Florianópolis, e terminou por volta das 23h.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

O julgamento iniciou por volta das 9h. A ré respondia por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela era a principal suspeita pela morte do marido. Segundo as investigações, a causa do crime foi um desentendimento sobre a administração financeira da empresa dos dois, especialmente por dívidas feitas e ocultadas por ela.

Gustavo foi assassinado com 36 facadas e o corpo foi encontrado nas dunas da Praia do Moçambique, em 29 de agosto de 2023. Conforme a polícia, o empresário havia sido dopado antes do crime e morto dois dias antes de ser encontrado.

Depois do assassinato, a ré teria colocado o corpo do marido no porta-malas do carro e o levado até as dunas da Praia do Moçambique, onde foi encontrado em 29 de agosto.

Continua depois da publicidade

A vítima era proprietária de uma empresa de terraplanagem na região. O casal tem dois filhos. As crianças ficaram aos cuidados dos avós paternos quando a mãe foi presa em novembro de 2023.

A equipe de defesa de Camila afirmou que novos elementos foram levados ao julgamento, e foram ressaltados alguns pontos que diferenciavam o que estava sendo apresentado pela polícia e defendido pelo Ministério Público até então.

— Nós ressaltamos alguns elementos que seriam uma surpresa para o processo e que influenciariam bastante na decisão do júri. E foi isso que aconteceu, os jurados entenderam que Camila não deveria ser condenada pela morte do Gustavo — afirmou Marcelo Souza, advogado de defesa da ré.

Ele afirma, ainda, que agora aguarda os próximos passos da equipe de acusação, que pode recorrer da decisão do júri. Camila, que está presa no Presídio Feminino de Florianópolis, deve ser solta na manhã desta quarta-feira (13).

Continua depois da publicidade

Já a defesa da família da vítima alega que não concorda com o resultado e que estuda a possibilidade de entrar com um recurso contra a decisão.

— Os recursos apresentados pela defesa nós não consideramos válidos, pois não passaram de suposições. Estamos analisando a possibilidade de recurso junto ao Ministério Público — afirmou Vinicius Varago, advogado da família de Gustavo.

O Promotor de Justiça André Otávio Vieira de Mello informou que irá recorrer da decisão do Tribunal do Júri por entender que foi contrária à prova dos autos. Ainda foi informado que o resultado da sentença se deu por maioria do conselho, e não por unanimidade.

Leia também

O que diz a PEC que pode acabar com o aborto legal e que tramita na CCJ da Câmara

Motociclista morre ao bater em caminhão parado na Via Expressa, em Florianópolis

Quatro homens são condenados a prisão por duplo homicídio na Serra de SC