O jogador brasileiro Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão nesta quinta-feira (22) no tribunal de Barcelona, no caso em que é acusado de ter estuprado uma mulher. Mas além dele, outros jogadores de futebol são investigados por suspeitas do mesmo crime na Europa. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Neymar e Robinho já enfrentaram os tribunais por acusações parecidas. O jogador do Al-Hilal já teve seu nome envolvido em dois casos. O primeiro em 2019, quando foi acusado de estupro e agressão por uma modelo. O segundo aconteceu em 2021, quando seu nome foi envolvido em uma suposta denúncia de assédio por parte de uma funcionária da Nike.

Já o atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo.

Cela particular e trabalho na limpeza: Confira o dia a dia de Daniel Alves na prisão

Continua depois da publicidade

Caso Daniel Alves

Acusado de ter estuprado uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, na madrugada do dia 31 de dezembro de 2022, Daniel Alves foi convocado pela juíza responsável pelo seu caso a comparecer nesta quinta-feira (22), em um tribunal de Barcelona.

Uma amiga da vítima afirmou que Daniel ejaculou dentro da mulher no momento do estupro e que, antes, teve um comportamento agressivo. O depoimento foi realizado durante o julgamento do caso, que durou entre 5 e 7 de fevereiro. A justiça ouviu, ao todo, vinte e oito testemunhas que foram indicadas pela defesa e pela acusação. Desde que a investigação começou, Daniel Alves apresentou cinco versões do que aconteceu.

A defesa do jogador tem investido na versão de que ele estava muito embriagado na boate. O argumento foi defendido pela advogada de defesa, esposa de Alves, Joana Sanz, amigos, e pelo psicólogo que o acompanhou ao longo do ano passado. Vale lembrar que o Código Penal espanhol tem dois artigos que estabelecem que o consumo de álcool pode ser um atenuante em casos de agressão sexual.

Caso Robinho

Em outubro de 2022, o Ministério da Justiça da Itália encaminhou ao Brasil um pedido de extradição do atacante Robinho, condenado no país europeu a nove anos de prisão por violência sexual em grupo. O Brasil, no entanto, não permite a extradição de brasileiros natos.

Continua depois da publicidade

Mesmo assim, o jogador pode ser preso caso decida deixar o país. Também existe a possibilidade de o governo italiano pedir ao governo brasileiro que o jogador cumpra a pena no Brasil.

O caso aconteceu em janeiro de 2013, dentro de uma boate em Milão, contra uma jovem albanesa de 23 anos. Segundo a investigação, a jovem estaria bêbada “ao ponto de ficar inconsciente” e teve relações sexuais quando não era capaz de resistir. A defesa de Robinho alegou no julgamento que houve consenso da mulher no ato sexual. Em janeiro de 2022, o Supremo Tribunal da Itália confirmou a condenação de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco pelo crime.

Casos de Neymar

O primeiro caso envolvendo o camisa 10 da seleção brasileira foi divulgado em maio de 2021, quando o jornal americano The Wall Street Journal revelou que a Nike teria rompido o contrato de patrocínio com Neymar porque fez uma investigação interna de um suposto caso de assédio sexual.

O caso teria acontecido em 2016 quando Neymar e Michael Jordan participaram juntos de uma campanha publicitária em Nova York. Nessa viagem, uma funcionária da Nike relatou que teria sido vítima de assédio em um hotel. De acordo com a publicação, Neymar teria se recusado a contribuir com essa investigação e, por esse motivo, a empresa resolveu romper o contrato que mantinha com o atleta desde os 13 anos de idade dele.

Continua depois da publicidade

O segundo caso ocorreu em 2019, quando Najila Trindade acusou Neymar de estupro e agressão. A polícia decidiu não indiciar o jogador de futebol pelos supostos crimes.

No relatório final do inquérito a delegada informou que os depoimentos e provas apresentados à polícia pela vítima apresentaram “incongruências”. Dois meses depois, em setembro de 2019, a polícia indiciou Najila por fraude processual, denúncia caluniosa e extorsão no caso.

Além disso, o ex-marido dela, Estivens Alves, foi denunciado por fraude processual e divulgação de conteúdo erótico. Em novembro de 2020, os dois foram absolvidos.