A CPI da Petrobras repercute num dos principais jornais financeiros da Europa, o Financial Times. A reportagem ouviu o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli de Azevedo, que afirmou que esta pode ser a pior crise na história da empresa e ocorre no momento em que a petrolífera está ampliando o desenvolvimento dos vastos campos de petróleo em águas profundas.

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“A recém-instalada CPI da Petrobras ameaça dificultar os esforços do governo brasileiro para regular a exploração das vastas novas reservas de petróleo do país”, afirma texto publicado pela edição online do diário britânico.

Segundo texto, entre os argumentos contra a Petrobras e contra a Agência Nacional de Petróleo estão “fraudes em concorrências para obras em plataformas de petróleo, irregularidades em contratos de construção, superfaturamento na construção de uma refinaria, desvio de royalties, a suposta evasão de R$ 4,3 bilhões em impostos e irregularidades orçamentárias.

Petrobras nega as acusações afirmando que “há apenas algumas divergências entre o critério técnico usado pela empresa e os parâmetros aplicados pela auditoria federal.” Para o Financial Times, a instalação da CPI “vem em um momento ruim”, quando a Petrobras pretende investir, nos próximos cinco anos, US$ 28,9 bilhões na exploração das reservas de petróleo pré-sal.

A reportagem observa também que a CPI ocorre em meio às acusações de corrupção no Senado, e que a decisão do ex-presidente do país e atual presidente do Senado, José Sarney, de autorizar a instalação da comissão de inquérito “foi criticada como uma tentativa de desviar a atenção do fluxo de acusações de corrupção contra ele e contra outros senadores”.

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