Chegou ao fim a polêmica sobre o prêmio milionário da Mega-Sena sorteado Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense, que se arrasta desde 2007. As duas partes que travaram inúmeras brigas judiciais para saber quem seria o dono do dinheiro anunciaram um acordo na tarde desta quarta-feira.
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Bloqueado no banco, o prêmio que na época era de R$ 27 milhões rendeu juros e ultrapassou os R$ 40 milhões. Pelo acordo, Flávio Junior Biass e Altamir José da Igreja vão dividir a bolada em duas partes praticamente iguais. Cada um recebeu cerca de R$ 21 milhões.
Conforme o juiz Edemar Grubber, que analisou a ação em primeira instância e determinou o acordo, não há mais nenhum recurso possível e o processo vai para arquivo. O dinheiro já foi entregue às partes.
– É a primeira vez na história que acontece uma divisão deste tipo no Brasil. O acordo foi assinado no último dia 20 e consideramos o processo como encerrado – diz o magistrado.
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O caso
Em 1º de setembro de 2007, foi sorteado o concurso 898 da Mega-Sena. Um bilhete de Joaçaba e outro de Porto Velho, em Rondônia, foram premiados. Cada um levou cerca de R$ 27,7 milhões.
Dois dias depois, foi divulgada a versão relatada por Fábio Junior Biass, na época marceneiro, que acusava o patrão de ter sumido com seu bilhete e, consequentemente, com o prêmio.
Na versão de Biass, ele teria dado os números do jogo para o patrão, Altamir José da Igreja. Os dois teriam feito um acordo verbal para dividir o prêmio, caso as seis dezenas fossem sorteadas.
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Biass registrou ocorrência policial e entrou com pedido de liminar para o bloqueio do dinheiro junto à Caixa Econômica Federal. O prêmio permaneceu na conta até esta semana, quando o acordo foi firmado e as partes retiraram as cifras.