O inquérito sobre a morte do vereador Marcelino Chiarello terá mais um capítulo. O juiz da primeira vara criminal de Chapecó, Jefferson Zanini, encaminhou o processo para a Procuradoria Geral de Justiça de Santa Catarina.

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No dia 27 de agosto o Ministério Público entregou o inquérito para o juiz, recomendando o arquivamento do caso, por entender que houve suicídio, conforme laudos do Instituto Nacional de Criminalística e de uma junta médica do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina.No entanto o magistrado avaliou que o parecer realizado pelo médico legista Daniel Muñoz, da Universidade de São Paulo, traz novos questionamentos que deveriam ser analisados. Neste parecer a conclusão é de homicídio, assim como o primeiro laudo sobre a morte de Chiarello, do médico Antonio de Marco.

-Existem duas versões e não tenho condições técnicas julgar os laudos- afirmou o juiz, que sugeriu ao Procurador Geral de Justiça, Liu Marcos Marin, solicitar uma nova avaliação da Polícia Federal, para esclarecer os questionamentos apontados no parecer da USP.

O procurador geral tem 30 dias para se pronunciar. Ele pode recomendar o arquivamento ou determinar prosseguimento das investigações, com os mesmos promotores ou nomear outros.Chiarello foi encontrado morto no quarto de visitas de sua casa, no final da manhã do dia 28 de novembro de 2011.

Ele estava enforcado e a cena sugeria suicídio. Mas os delegados da Polícia Civil entenderam que e o suicídio era forjado.Depois de cem dias de investigação a Polícia Civil não chegou a uma conclusão. O IGP produziu laudos contraditórios, uma que apresentada homicídio e outro que apresentava suicídio.

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O Ministério Público deu prosseguimento à investigação e solicitou auxílio à Polícia Federal. O corpo foi exumado e levado para São Paulo. O laudo do Institudo Nacional de Criminalística apontou para suicídio, assim como as investigações do Ministério Público. Por isso os promotores recomendaram o arquibamento, mesmo com o parecer contrário da USP.

Um dos advogados da família, Nilton de Quadros, disse que os familiares devem aguardar a posição da Procuradoria.