Os dois acusados pelo caso da Boate Meet em Joinville foram condenados a 19 e a 22 anos de reclusão nesta quinta-feira (22). O julgamento ocorreu das 9 às 19h30 no Fórum de Joinville, em sessão presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri em Joinville. 

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Eles foram condenados por um homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio qualificado. As outras três acusações de tentativa de homicídio pelas quais eram julgadas foram desclassificadas pelos jurados e consideradas como lesão corporal. 

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Os réus Douglas Guilherme Bento e Roberto Silveira estavam presos no Presídio Regional de Joinville aguardando o julgamento. Já Mairon Alceu Bayer morreu no período entre o crime e o julgamento. 

Crimes foram causados por discussão após “empurrão”

Os crimes ocorreram em 27 de março de 2016, depois de uma briga que começou dentro da boate, que era famosa em Joinville e promovia festas de sertanejo universitário. Segundo a denúncia do Ministério Público após investigação da Polícia Civil, um jovem chamado Rodrigo Fermiano esbarrou em Mairon dentro da boate. Isso gerou uma discussão verbal entre eles. Mairon teria entrado em contato com os amigos e, depois de um tempo, três homens apareceram para ajudar.

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Conforme o MP, o grupo se posicionou em uma rua lateral com a intenção de matar Rodrigo. Três deles atraíram o jovem até o local e atiraram contra ele na rua. Após os disparos, o rapaz correu em direção à boate e, na fuga, foi atingido pelas costas, sofrendo lesões. Ele recebeu atendimento imediato e sobreviveu.

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Os tiros também atingiram outras quatro pessoas: Alexandre Mattei Schmidt, Claudinei Aparecido Afonso, Amanda Rodrigues Miranda e Juliana Maria Cidral. Amanda e Juliana eram amigas: Amanda havia convidado Juliana para sair naquela noite, apesar da mulher, que tinha 32 anos e duas filhas, não ter o costume de sair à noite.

Elas estavam indo para casa quando o grupo voltou para a frente da boate para atirar contra Rodrigo. Amanda foi atingida na mão, enquanto Juliana foi atingida por um tiro no peito. Ela não resistiu e morreu ao dar entrada no pronto-socorro do Hospital Dona Helena, local onde trabalhava como auxiliar de cozinha.

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De acordo com a denúncia, o motivo dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio foi fútil, porque os acusados agiram por motivo banal e desproporcional. Além disso, o crime resultou em perigo comum à vida e à integridade física de um número indeterminado de pessoas.

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