Um assassinato brutal, de uma criança de apenas 7 anos, no Sertão do Pernambuco. Esse é o Caso Beatriz, retratado no primeiro episódio do Linha Direta, em 2024. O programa será exibido na quinta-feira (18), na Globo, e será apresentado por Pedro Bial. Apesar do programa dar foco a casos não resolvidos ou ainda em investiação, a morte da criança já tem um suspeito preso e que confessou o crime. Porém, o caso ainda é envolto por questionamentos.

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Linha Direta 2024: horário, apresentador e tudo sobre o programa

Relembre o Caso Beatriz

Em 10 de dezembro de 2015, em Petrolina, uma cidade do interior de Pernambuco, Beatriz Angélica Mota estana na festa de formatura da irmã mais velha quando foi assassinada. A menina, de apenas 7 anos, acompanhava a cerimônia de colação de grau do terceiro ano do ensino médio, junto com a mãe e o pai, que era professor de ingês do instituição, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.

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Durante a formatura, em um determinado momento da noite, a menina afasta-se dos pais para beber água. Após notar a demora da filha em retornar, o pai interrompe a apresentação musical do evento para usar o microfone da cerimônia e pedir a presença da filha. Funcionários, pais, formandos e pessoas que estavam no local iniciaram as buscas pela criança logo após o pedido.

Apesar de percorrerem diversas salas do colégio, os presentes no local tiveram dificuldade de encontrar Beatriz. Porém, ao verificarem um depósito desativado, acabaram achando o corpo da criança escondido atrás de um armário. Assassinada a facadas, Beatriz estava com a arma do crime no corpo e a perícia revelou que ela recebeu 10 golpes até a morte. No dia do crime, nenhum suspeito foi encontrado no local.

As investigações e as polêmicas do Caso Beatriz

A investigação do crime começou logo após o corpo de Beatriz ser encontrada, mas somente em 2016 a polícia divulgou as primeiras conclusões. Em um primeiro momento, acreditava-se que o autor do crime não teria agido sozinho. Imagens de câmeras de segurança da escala foram divulgadas em busca de um homem que aparecia na região do bebedouro, onde a criança teria ido para beber água.

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A dificuldade da polícia comprovar a motivação ou indicar um possível suspeito fez até com que a família da vítima contrata-se um detetive particular. O caso também foi marcado pela troca de responsáveis pelo caso. Foram 8 mudanças de delegados, além de 7 perícias, mais de 400 depoimentos e mais de 900 horas de filmagem analisadas. Durante o período de investigações, a família cobrou políticos por respostas e foi contundente na busca por entender o que motivou e quem matou a criança com tamanha brutalidade.

O Caso Beatriz somente chegou a comprovação da participação do suspeito quando um exame de DNA foi realizado na arma do crime, encontrada cravada no corpo da criança. Cerca de 6 anos depois do crime, um homem chamado Marcelo da Silva foi apontado como autor e chegou a confessar a ação violenta.

Na época em que Marcelo confessou o crime, a mãe da criança chegou a alegar que não acreditava no depoimento. A defesa do acusado, inclusive, defendeu a tese de que ele teria sido pressionado a confessar o crime. Porém, após a divulgação da análise genática, chegou-se a comprovação de que Marcelo teria matado a criança já que o seu DNA estava na arma do crime. Atualmente, o suposto assassino aguarda o julgamento do crime preso.

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Qual teria sido a motivação do assassino do Caso Beatriz?

Já preso por outros crimes, o suposto autor confessou o assassinato de Beatriz na prisão alegando que a garota teria se assustado com a faca que ele portava. Para “calar” a criança, ele teria a levado para uma sala e a matado. O corpo, de acordo com a polícia, foi encontrado em um local, mas a morte teria sido em outro. Porém, o suposto assassino não deu detalhes sobre a ação.

Outros motivos para o crime brutal foram levantados durante as investigações. Motivações religiosas pelo crime ser em um colégio católico foram as primeiras hipóteses. Um ssuposto ritual de magia negra e até mesmo vingança aos familiares da criança – já que o pai era professor do colégio – foram colocados como possíveis motivações do crime. Mas, nenhuma dessas hipóteses foi comprovada e até o momento apenas a versão do suspeito permanece como possível motivação.

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