A Capitania dos Portos de São Francisco do Sul afirmou nesta quinta-feira que já estão flutuando os cascos do comboio da empresa de navegação Norsul, emborcada desde final de janeiro em alto-mar na entrada da Baía da Babitonga. A empresa holandesa de salvatagem Svitzer trabalhava desde a semana passada no corte dos cascos, com uma equipe de mergulhadores. Um rebocador também está sendo usado na tarefa.
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A Capitania conta que, por força da maré, as duas partes das embarcações que estavam presas ao fundo – a garagem da barcaça de carga (teto) e a superestrutura do empurrador – se soltaram entre domingo e segunda-feira. Na quarta-feira, a Capitania se reuniu com a Svitzer para definir como seria feito o novo plano de salvatagem. A carga de nove mil toneladas em bobinas de aço permanece no fundo do mar, apoiadas no teto da barcaça.
Hoje a Justiça Federal acatou o pedido da Norsul para liberar o cultivo de marisco na Baía da Babitonga. Proibida desde o final de fevereiro, a maricultura passou por análises de laboratórios para verificar a suspeita de contaminação pelo óleo que vazou das embarcações. A decisão da Justiça veio um dia depois da posição favorável da Fatma e do Ibama, intimadas pelo juiz a se manifestar. Os órgãos ambientais deram parecer sobre as análises de dois laboratórios contratados pela Norsul, que pediu a desinterdição em março.
O juiz Roberto Fernandes Junior também exigiu que a Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde decida sobre a comercialização do marisco. Algumas amostras, coletadas nas praias do Capri e na Enseada, apresentaram nível de contaminação por chumbo acima do padrão aceitável para consumo humano.
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