Enquanto o Sul do Brasil encarou enchentes decorrentes do ciclone extratropical, a Amazônia sofre com uma seca histórica e altas temperaturas. Casas flutuantes encalharam e, segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, ao menos 110 botos-cor-de-rosa e tucuxis (outra espécie de botos) foram encontrados mortos em uma semana no Lago Tefé, no Amazonas, até esta sexta-feira (29). As informações são do g1.

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Além disso, a temperatura da água atingiu 40°C, conforme medições do instituto, em profundidade de três metros. Até então, a temperatura média histórica mais alta era de 32°C. A causa da morte dos animais, no entanto, ainda não foi determinada.

A seca também afeta o transporte hidroviário. Conforme a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam), 90% das 136 embarcações que atuam nas 116 linhas no Estado operam com algum tipo de restrição, reduzindo a 50% o transporte de cargas e 45% no total de passageiros. Casas flutuantes também encalharam.

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Seca histórica

Ainda conforme o g1, o Amazonas declarou situação de emergência nesta sexta-feira (29). São pelo menos 55 municípios afetados pela seca severa. Um gabinete de crise também foi instalado.

Esta seca prolongada nos rios amazônicos está relacionada a dois fatores que inibem a formação de nuvens e chuva: o El Niño (que aquece o oceano Pacífico) e a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte.

Segundo o meteorologista do Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), Giovanni Dolif, “a seca está fora do normal e deve piorar nos próximos meses. O El Niño tem uma grande contribuição nisso, assim como a distribuição da temperatura das águas do Atlântico Tropical”.

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