A tragédia ocorrida na madrugada do dia 27 de janeiro deste ano na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), e que já resultou na morte de 239 jovens, desencadeou uma série de ações por parte do poder público em todo o Brasil.
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Em Lages, na Serra Catarinense, pelo menos três estabelecimentos foram fechados pela prefeitura nesta semana e precisarão se adequar às normas de segurança para voltar a funcionar.
As interdições ocorreram em virtude de um comunicado oficial feito pelo Corpo de Bombeiros à prefeitura informando que três casas – Bailinho da Angélica, no Bairro Universitário; Bali Gode e Rancho Serrano, no Centro – não estariam em condições de segurança.
O diretor de fiscalização da prefeitura, Jorge Alfredo Diener, diz que um dos requisitos obrigatórios para a emissão do alvará de funcionamento deste tipo de lugar é a liberação dos bombeiros, o que, segundo ele, não é o caso das três casas em questão. Os problemas estariam relacionados a saídas e luzes de emergência, sinalização, extintores e planos de combate a incêndio.
– É irresponsabilidade colocar em risco a vida das pessoas, e só vamos autorizar o funcionamento destas casas quando o Corpo de Bombeiros garantir que está tudo certo. Outros estabelecimentos foram notificados, mas não chegaram a ser interditados porque os problemas são menos graves -, diz Jorge.
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A reportagem do Diário Catarinense não localizou o aspirante a oficial Jihorgenes Borges, responsável pela comunicação dos bombeiros à prefeitura, mas conversou com os proprietários das três casas.
Luis Nazareno Schuch, do Bailinho da Angélica; Leônidas da Silva, do Bali Gode; e Claudio Bianchini, do Rancho Serrano, garantem que estão com todos os documentos em dia, cumprindo as normas de segurança e se adequando às exigências dos bombeiros.
Entrevista com o proprietário da casa norturna em Lages
O Bailinho da Angélica e o Rancho Serrano fecharam as portas e não funcionam neste fim de semana. O primeiro estabelecimento prevê um prejuízo de R$ 2 mil. O segundo, de pelo menos R$ 15 mil. Por volta das 23h, o proprietário da Bali Gode entrou em contato com a reportagem do DC para informar que o estabelecimento foi notificado e que seriam seguidas as orientações da prefeitura.
– Quem foi interditado e insistir em abrir estará descumprindo uma ordem pública, e isso é caso de polícia -, conclui o diretor de fiscalização da prefeitura.
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