O casarão histórico que pertenceu ao famoso arquiteto blumenauense Egon Belz tem novo dono. Localizada na Rua Pastor Oswaldo Hesse, no bairro Ribeirão Fresco, a casa já passa por uma reforma — que respeita o projeto original por se tratar de um imóvel tombado desde 2016. O plano é colocá-lo para alugar em breve.
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Patrimônio cultural, o casarão foi obra do arquiteto alemão Simão Gramlich, em 1932, a pedido dos pais de Egon Belz, que à época era um bebê. O blumenauense herdou a residência, morou no local por um período e, antes de morrer, em 2007, manifestou o desejo de deixar o local sob os cuidados do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) de Blumenau, para fins educativos.
Com isso, o espaço foi sede do IAB, “a Casa do Arquiteto e Museu Egon Belz”. O instituto ficou responsável pelo imóvel por 10 anos, mas em 2019 a família de Belz conseguiu recuperá-lo e o colocou à venda. Nos últimos tempos, o casarão serviu de moradia para pessoas em situação de rua e usuários de drogas, que depredaram os cômodos.
A destruição aliada à ação do tempo deixaram a propriedade com aspectos de abandono: paredes descascadas, mato, móveis quebrados e instalações danificadas deram lugar ao que antes era uma casa bem cuidada.
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O novo proprietário, Rafael Sgrott, conta que antes de começar o serviço para mudar esse cenário foram necessários três dias de limpeza pesada. A aquisição ocorreu há cerca de cinco meses, relembra o investidor, que prefere não revelar o valor da compra.
Para reformar a casa de mais de 300 metros quadrados serão necessários pouco mais de R$ 300 mil. A previsão é terminar o trabalho em dezembro, período em que o imóvel deve ser posto para alugar. Ao todo, o terreno tem mais de seis mil metros quadrados.
Egon Belz
Nascido em 1931, o blumenauense Egon Belz deixou um legado de obras em Blumenau, como o Ginásio Galegão. Ele executaria também os projetos do Parque das Itoupavas e a Igreja de Santa Teresinha, mas morreu antes disso.
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Belz estudou em São Paulo por anos e quando voltou a Blumenau procurou disseminar as ideias arquitetônicas modernas que carregava. No escritório que fundou, comandou trabalhos nas áreas esportiva, residencial, fabril, escolar, eclesiástica, rural, entre outras. Foi professor da Furb entre os anos de 1996 e 2006.
O arquiteto também era apaixonado por esportes e foi atleta de várias modalidades, com destaque no atletismo e no voleibol, representando Blumenau nos Jogos Abertos de Santa Catarina e ganhando medalhas em competições.
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