O degradado casarão localizado em frente ao Ambulatório Geral Guilherme Jensen, no bairro Itoupava Central, em Blumenau, pode ganhar uma nova página na história da cidade. Bastante castigado pelo abandono e ação dos anos, o imóvel, que fez parte do conjunto de edifícios da gigante Companhia Jensen, deve se tornar uma extensão da unidade de saúde.
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A casa pertence ao poder público desde 1997, quando foi assinada a transmissão do terreno para a prefeitura. Contrastando com a movimentação do ambulatório vizinho, a antiga residência é puro silêncio. Vazia, invadida e rodeada pelo mato, com boa parte do telhado destruída, as marcas nas paredes brancas não escondem os efeitos da exposição ao tempo (veja nas fotos abaixo).
Questionada, a Secretaria de Planejamento Urbano explicou que em 2022 fez um plano de ação para fazer obras emergenciais de contenção do que sobrou da edificação. Ainda naquele ano foram executados roçadas, remoção de entulhos, corte de árvores, tratamento para estabilização da cobertura e escoramento das áreas com problemas estruturais.
Depois, a prefeitura solicitou um levantamento com scanner a laser para ter riqueza de detalhes nas informações sobre a casa. Assim, quando chegasse a hora de elaborar um projeto de intervenção, o mapeamento já teria uma parte adiantada. Porém, esse momento ainda não ocorreu.
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Como a Secretaria de Promoção da Saúde sinalizou que quer ampliar o espaço de atendimento do ambulatório, a ideia é usar a casa para essa finalidade. O município afirmou que busca recursos para fazer os projetos necessários e, então, executar a obra. Prazos não foram divulgados.
A casa
A Companhia Jensen foi a primeira agroindústria da colônia de Blumenau, fundada em 1872. Comercializando produtos de origem animal e comprando os produtos dos colonos, tornou-se uma gigante do setor, contribuindo para o desenvolvimento da região das Itoupavas. A família proprietária construiu diversos imóveis para dar origem ao chamado “conjunto” da empresa, que tinha até campo de futebol.
A casa em frente ao ambulatório fazia parte desse complexo e foi construída em 1940 para servir de residência a Carlos Jensen, sucessor de Jens Jensen, fundador da Companhia Jensen. Anos mais tarde a empresa foi vendida, em 1977, após problemas administrativos. A falência da centenária veio oficialmente em 1984.
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