Depois de passar por um incêndio e de virar ponto de encontro para usuários de drogas, a Casa Horst ressurge, aos poucos, como patrimônio histórico preservado de Jaraguá do Sul, no Norte do Estado.

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A residência construída em 1921 em arquitetura teuto-brasileira, perto do Terminal Urbano de Jaraguá do Sul, no Centro, está com cerca de 60% da estrutura restaurada. O trabalho busca manter as características do casarão tombado, que chama a atenção pela imponência.

A reforma começou em agosto de 2012. A primeira etapa, concluída em fevereiro do ano passado, consistiu em reconstruir e recuperar as paredes atingidas no incêndio em 2011.

Para isso foi preciso retirar todo o reboco e refazê-lo com uma massa que não leva cimento, feita à base de cal, areia e água. O material argiloso tem a mesma composição do utilizado originalmente na residência. Um anexo construído na década de 1950 foi demolido.

Em seguida foi feita a reconstrução do forro de madeira, completamente queimado no incêndio. Também foram refeitos piso, todo em madeira de lei, e uma escada de madeira.

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Para não interferir no patrimônio, o projeto para instalação dos condicionadores de ar foi elaborado de forma que os aparelhos não apareçam do lado de fora. O local também ganhou portas internas com as características da época.

A próxima etapa é refazer as aberturas das janelas e os acabamentos: instalar os metais sanitários, a fiação elétrica, o registro de água e a iluminação, colocar as portas externas e fazer a pintura, além de melhorar o entorno nas laterais.

O arquiteto fiscal do setor de patrimônio histórico, Carlos Baratto, lembra que a primeira etapa foi realizada com recursos do Fundo Municipal de Cultura e custou cerca de R$ 40 mil e o restante está sendo bancado pelos donos, por decisão da família. Por isso, Baratto diz que não é possível dizer quando será concluída.

– O importante é que a restauração está andando, de acordo com as condições dos proprietários. No futuro, o imóvel deve virar um escritório comercial – destaca.

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