O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina recomendou prazo de 24 horas para que a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) comprove a adoção de medidas eficazes para atender às famílias atingidas pelo rompimento da lagoa de infiltração usada pela empresa na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.

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O rompimento da lagoa artificial, que recebe efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Casan, aconteceu na manhã de segunda-feira (25). A água atingiu casas e deixou carros submersos. Moradores ficaram ilhados e precisaram ser retirados do local com ajuda do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Segundo levantamento da própria Casan, 35 casas foram atingidas, afetando 66 pessoas.

O ofício do MPF que deu prazo de 24 horas para que a Casan comprove as medidas adotadas foi enviado à diretora-presidente da companhia, Roberta Maas dos Anjos. O documento foi protocolado na noite desta quarta-feira (27) e é assinado pela procuradora da República Analúcia Hartmann, do MPF em Santa Catarina.

A procuradora recomendou à Casan que “sejam adotadas medidas urgentes para propiciar alojamento digno (em hotéis ou pousadas) e seguro (pandemia) para todas as pessoas que sofreram tais danos materiais e morais, bem como a disponibilização de pessoal e de material para a limpeza e o salvamento de bens na área atingida”.

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A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Casan, mas não recebeu retorno até esta publicação.

Por conta dos danos ambientais causados na Lagoa da Conceição, a Casan foi multada em R$ 15 milhões pela prefeitura de Florianópolis. A empresa foi notificada na noite de quarta-feira (27) e tem 20 dias para apresentar uma defesa sobre o ocorrido.

Nesta quinta (28), a companhia informou que vai liberar um adiantamento emergencial de até R$ 10 mil para as famílias afetadas. O recurso servirá para auxiliar no retorno às residências recuperadas e dar suporte a moradores que estão impossibilitados temporariamente de trabalhar, segundo a empresa.