A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), responsável pelo sistema de saneamento básico, foi multada pela Fundação Municipal do Meio Ambiente de São José em R$ 1 milhão por reincidência em lançamento de esgoto sem tratamento nas águas da Baía Norte.
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A constatação da infração foi feita após denúncia telefônica à Guarda Municipal Ambiental. Em visita à estação de tratamento de esgoto da companhia, localizada na Rua Heriberto Hulse, em Barreiros, agentes verificaram que o local estava fechado e sem nenhum funcionário.
A estação elevatória de esgotos, responsável por receber os dejetos de todas as bacias do sistema de esgoto sanitário continental e bombear para Estação de Tratamento em Potecas, estava desligada. Com a isso, os resíduos provenientes dos esgotos sanitários extravasaram diretamente para o mar.
Foi emitido Auto de Infração Ambiental nº 1.410. A autuação está baseada na Lei Federal nº 9605/98, artigo 54; no Decreto Federal 6514/08, artigos 2º, 3º e 62º; na Lei Municipal nº 4428/06, artigos 14 e 15 e no Decreto Municipal nº 22.346/2006, que estabelecem as normas para infrações ambientais.
O Superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, engenheiro Sílvio César dos Santos Rosa, informa que tentou avisar a empresa sobre a multa, mas não obteve êxito.
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– Na quarta-feira, dois guardas municipais ambientais foram à sede da Casan com a notificação emitida. No local, a responsável pelo sistema de esgoto alegou que não havia nenhum superior para receber a notificação, recusando-se a assinar o auto.
Empresa foi multada três vezes em 2008
Essa é terceira multa da Casan por infrações ambientais em São José. Na primeira vez, em março deste ano, foi multada em R$ 500 mil em função desse mesmo problema. Ainda em março, a empresa foi multada em R$ 350 mil por estar exercendo atividade potencialmente poluidora sem a devida Licença Ambiental.
Empresa vai recorrer
O presidente da Casan, Walmor de Luca, considerou a multa sem sentido e afirmou que a empresa vai recorrer. Argumentou que o contrato obriga a companhia a fornecer água, mas estabelece coleta de esgoto somente quando for viável economicamente. Ele justificou que o elevatório é um mal necessário e passível de problemas.