O verão está prestes a começar e as diretorias da Companhia de Águas e Saneamento (Casan) e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) comunicaram que não haverá colapso no abastecimento de água e energia, entre 26 de dezembro e 2 de janeiro.

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Na última temporada, considerada “a pior da história” pelo prefeito Cesar Souza Junior, o norte da Ilha de Santa Catarina somou mais de 350 mil pessoas afetadas pelo desabastecimento de água. Elas ficaram reféns de caminhões-pipa, insuficientes para a alta demanda. Além disso, uma pesquisa da Fecomércio mostra que 15% dos turistas adiantaram a saída de pousadas e hotéis, afetando a economia local.

Um levantamento feito pelo DC com promessas de autoridades na última temporada revela que, das seis principais ações previstas, três foram cumpridas: a entrega do plano emergencial antes da temporada, foram feitas podas na rede elétrica e a colocação de geradores para garantir a energia do sistema de tratamento de água. O andamento dos projetos é criticado pelo presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – seção Santa Catarina (Abes-SC), Afonso Veiga Filho:

– Há solução para a falta de água: planejamento a longo prazo. Enquanto a gestão desse serviço for política, e não técnica, vai continuar tendo problema de abastecimento. Políticos estão de passagem, então não pensam no futuro.

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As concessionárias informam terem investido mais de R$ 50 milhões para evitar o desabastecimento. A Operação Presença Verão 2015 foi lançada no final de outubro com a garantia de melhor atender moradores e 1,5 milhão de turistas – média de visitantes que circulam pela cidade. Mas a população já se prepara para os problemas. Em Canasvieiras, famílias usam os traumas de verões passados para ampliar os próprios reservatórios de água para a alta temporada.

Caminhões-pipa contratados

O prefeito Cesar Souza Junior fala em “voto de confiança” para as concessionárias.

– Casan e Celesc nos apresentaram mudanças nos sistemas de água e luz e precisamos acompanhar como isso vai funcionar na prática – afirma.

A Casan informa que investimentos devem melhorar o serviço, mas a contratação de 10 caminhões-pipa está encaminhada.

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– Algumas obras que fizemos durante o ano devem melhorar em 25% a capacidade de abastecimento no norte da Ilha. Também já contratamos o aluguel de 25 geradores – afirma o Carlos Alberto Coutinho, superintendente Regional da Casan.

Os geradores estavam previstos no plano emergencial, mas não foram instalados. Por isso, com as quedas de energia em dezembro, os serviços de tratamento de água e esgoto ficaram deficientes.

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No caso da energia, além do acréscimo no consumo por causa do aumento da população, a Celesc explica que as altas temperaturas do verão provocam um gasto extra de 40% de energia por unidade. Investimentos de R$ 10,8 milhões nas redes de média e baixa tensão da Grande Florianópolis devem ajudar a evitar sobrecargas no sistema, informou a Celesc em nota.

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