O fornecimento de água para a Grande Florianópolis está avaliado entre muito bom para ótimo, segundo o superintendente Regional da Casan, o engenheiro Joel Horstmann. Em entrevista à CBN Diário, na manhã desta quarta-feira (1º), ele afirmou que a avaliação só não é mais positiva porque há relatos de intermitências no abastecimento. Também frisou que, até 6 de janeiro, é importante que os moradores façam uso consciente da água, já que neste período a população da cidade chega a triplicar.
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As altas temperaturas e os 15 dias sem chuvas também foram apontados como problemas que podem causar dificuldades no fornecimento de água durante os primeiros dias do ano.
— As pessoas saem da praia no mesmo horário, no fim da tarde, e todo mundo vai tomar banho no mesmo horário. Por isso é importante ter a reserva adequada e, quem a tiver, vai conseguir suprir a demanda — analisou.
Horstmann frisou que a média diária de uso é de 1,5 litros por segundo por pessoa, mas que ela cresce neste período. Por isso, principalmente os moradores das regiões mais altas e onde há os pontos finais dos sistemas de abastecimento, como no Ratones e na Praia do Forte, no Norte da Ilha; e na Tapera e na parte alta do Campeche, no Sul, sofrem com mais interrupções.
— As ligações com reclamações que a Casan recebeu nos últimos dias não chega a 1% do total de consumidores. A principal reclamação é a intermitência. Por isso é importante ter a caixa d'água de acordo com o tamanho dos moradores: a pessoa pode não receber água do meio-dia às 20 horas mas, se tiver a reserva adequada, não vai ficar sem. O problema é que uma casa que tem cinco moradores durante o ano, com uma caixa de mil litros, nesta época do ano tem 15 pessoas — avalia ele.
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Lagoa do Peri com nível baixo, mas sem risco de salinizar
Horstmann garante que as informações que circulam sobre a Lagoa do Peri não são verdadeiras. Devido à falta de chuvas, a lagoa onde funciona uma das Estações de Tratamento de Água de Florianópolis está com nível baixo, mas não é considerado crítico.
— Conforme necessidade, também utilizamos o sistema reserva no Campeche — afirma.
Ele também diz que não há problemas de salinização na Lagoa. Segundo o superintendente, há uma especialista que faz o monitoramento e a análise da água coletada todos os dias e não houve notificações deste problema.
O engenheiro também informou que a Casan monitora em tempo real o sistema e a pressão em cada sistema de abastecimento e, com isso, direcionar o abastecimento para o lugar onde há maior necessidade de acordo com a vazão de cada bairro. Em caso de problemas no fornecimento, o contato com a Casan deve ser feito pelo telefone 0800 643 0195.
— Neste período, nosso pedido é que as pessoas evitem lavar calçada, carro, encher piscina, molhar jardim. São apenas dez dias, entre Natal e dia 6, e parte dele já passou — afirma.
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Ouça a entrevista: