Um casal denunciou à polícia uma situação de transfobia após o nascimento do filho em uma maternidade de Jaraguá do Sul. Segundo os pais da criança, a unidade de saúde entregou uma certidão preenchida errada, o que impede a família de registrar o bebê.
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O pai Derick Wolodascyk, um homem transexual de 24 anos, deu à luz ao filho no último dia 26, mas o nome dele foi escrito no campo da mãe no documento entregue pelo hospital. O nome de Terra Rodrigues, 23 anos, que é mãe da criança, foi escrito no campo do pai.
Em entrevista ao G1, a advogada do casal, Ana Cristina Cunha Rodrigues, afirmou que os dois não tiveram os nomes e as identidades de gênero respeitados. Eles estão em casa com o bebê e esperam pela alteração do documento para conseguir registrar o filho.
– Desde o momento que eles pisaram no hospital, eles não tiveram os nomes sociais respeitados. Foi um desrespeito essa questão do documento – afirmou a advogada.
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O casal deve ir à delegacia mudar o boletim de ocorrência registrado pela internet porque o documento foi preenchido como crime de injúria. No entanto, eles desejam que o caso seja tratado como racismo, que foi equiparado à homofobia em 2020.
O casal também entrou com mandado de segurança para mudar o documento e conseguir o registro do bebê. Derick e Terra também estudam a possibilidade de processar o hospital.
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Hospital diz que segue exigências do Ministério da Saúde
O nascimento do bebê aconteceu no Hospital e Maternidade Jaraguá. Em nota, a unidade afirmou que segue as exigências do manual de instruções para preenchimento da declaração, proposto pelo Ministério da Saúde. O protocolo vigente exige que o registro traga os dados da parturiente como mãe, informou a unidade de saúde.
– As equipes da maternidade e da assistência social do hospital prestaram todo o atendimento ao casal e ao bebê, inclusive realizando o encaminhamento do casal à Promotoria do município, que deverá prestar auxílio à família. O hospital está à disposição para esclarecer as dúvidas – disse em nota.
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*Com informações do G1.
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