A Justiça decretou a prisão preventiva do casal suspeito de agredir um bebê de três meses em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Os dois foram presos na segunda-feira (18) após a criança dar entrada no hospital com vários ferimentos pelo corpos.
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A decisão ocorreu após audiência de custódia. Eles foram presos em flagrante e, segundo o delegado Fabiano Locatelli, indiciados pela prática do crime de lesão corporal de natureza grave, com a incidência de dispositivos previstos na Lei Henry Borel aprovada em 24 de maio.
— Todas as circunstâncias evidenciadas no processo dão conta da materialidade e autoria delitiva por parte dos suspeitos. Aliados a esses fatores, o clamor do crime e a possibilidade de reiteração criminosa, especialmente contra outras crianças sob a guarda dos investigados, motivam o pedido de preventiva — disse o promotor de Justiça da 4º Promotoria da Comarca de Caçador, Márcio Vieira.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a mãe da criança, que é venezuelana, disse que deixou o filho com o casal durante a manhã. Mas, por volta das 14h, recebeu uma ligação onde a mulher dizia que levou a criança ao hospital porque ele estava com dificuldades para respirar.
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A suspeita sobre os cuidadores, de 19 e 21 anos, foi apontada após o laudo pericial médico constatar lesões graves no bebê, como ferimentos na face, cabeça, costas e nádegas.
Além dos danos corporais e cerebrais, a criança teve parada cardiorrespiratória e foi encaminhada à emergência. Ela está internada em um leito de UTI em Florianópolis.
Com a prisão preventiva, eles permanecem detidos e à disposição da Justiça. Ela no Presídio Feminino de Chapecó e ele no Presídio Masculino de Caçador.
O MP também instaurou outros três procedimentos para apurar a situação do bebê, duas filhas dos suspeitos e outras crianças que eram cuidadas pelo casal. O principal objetivo é identificar porque eles estavam sob cuidados de terceiros e não em Centros de Educação Infantil da Rede Pública Municipal.
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