O casal Adriana Piran da Silva e Gabriel de Siqueira Debastiani foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina por matar um homem, ocultar o corpo e alterar a cena do crime enquanto o filho dormia no quarto. O casal de Piratuba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, cumprirá 19 e 22 anos de prisão, respectivamente, pelos crimes e mais seis meses de detenção por fraude processual.
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O crime ocorreu em julho de 2022. Segundo os autos, o casal atraiu o homem para o apartamento onde moravam e o matou com mais de 40 facadas e marteladas. Quando se certificaram que a vítima estava morta, esconderam o cadáver no banheiro do quarto e levaram o filho que estava dormindo para casa de familiares em Treze Tílias.
Quando retornaram ao local do crime, enrolaram o corpo em uma lona, colocaram em um carrinho de supermercado, desceram até a garagem pelo elevador, e o levaram no porta-malas do carro até Ipira, onde o esconderam em uma estrada rural. Na sequência, limparam toda a cena do crime com produtos de limpeza para não deixar vestígios.
Segundo o promotor de justiça Douglas Dellazari, que conduziu a acusação, o crime foi motivado por interesse no patrimônio da vítima.
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— O homicídio ocorreu por razões meramente financeiras, o que representa conduta abjeta e repugnante, denotando o desvalor à vida alheia — diz o promotor.
Além disso, Douglas também destaca a forma cruel que o casal executou o crime:
— Os réus empregaram recurso que dificultou a defesa da vítima, pois atacaram-na de forma inesperada, estando em evidente superioridade numérica e utilizando faca e martelo. Por fim, eles também empregaram meio cruel, provocando sofrimento impiedoso, com intensa brutalidade, pois desferiram diversos golpes, demonstrando absoluta ausência de sentimento humanitário. O homicídio foi praticado no interior de um apartamento, em andar alto, o que inibiu uma fuga, dadas as circunstâncias limitantes da estrutura arquitetônica. — concluiu.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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