Um homem e uma mulher armados mataram 14 pessoas e feriram outras 17 nesta quarta-feira em um centro para pacientes com deficiência mental na cidade de San Bernardino, ao leste de Los Angeles, antes de serem mortos pela polícia.
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O chefe do departamento de Polícia da cidade, Jarrod Burguan, disse que ainda não se sabe as motivações dos agressores. Horas depois do massacre, Burguan anunciou a morte de dois suspeitos na operação policial para capturá-los:
– Trata-se de um homem e de uma mulher. Os dois estavam vestidos com roupa de combate e carregavam fuzis e pistolas.
Os suspeitos trocaram tiros com a polícia e durante o confronto um agente ficou ferido, revelou Burguan. Um terceiro suspeito, visto quando abandonava o local do massacre, foi detido pela polícia, mas sua participação no ataque não está confirmada. O policial ferido foi levado a um hospital da região, mas não corre risco de vida.
Segundo o chefe Burguan, os agressores “estavam preparados como se fosse uma missão” e utilizaram armas longas. As razões do ataque são desconhecidas, mas “no mínimo trata-se de um ato de terrorismo doméstico”, disse um oficial, acrescentando que as autoridades encontraram explosivos no prédio.
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Um funcionário do estabelecimento, Brandon Hunt, contou à rede CNN que pelo menos 100 pessoas estavam no evento, além de cerca de 550 funcionários. Todos “se trancaram em escritórios e armários para tentar ficar a salvo”.
– É uma situação muito infeliz. Essas pessoas dão seu coração e sua alma para ajudar os outros. É uma loucura a audácia dos agressores, de vir aqui e atirar – comentou.
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Olivia Navarro levou uma hora até conseguir saber que sua filha Jamile, que trabalha no centro, estava bem.
– Eles a levaram para o campo de golfe (que fica próximo). Estava muito assustada – contou Olivia, de 63 anos. – Ela me disse que havia vários agressores no prédio e que ia se trancar em uma sala – acrescentou.
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O tiroteio teve início por volta das 11h local (16h, horário de Brasília), no Centro Regional Inland, onde acontecia um evento.
Padrão de tiroteios em massa
O presidente americano, Barack Obama, foi imediatamente informado por sua conselheira de Segurança Interna, Lisa Monaco.
– O que sabemos é que temos um padrão, agora, de tiroteios em massa nesse país, que não tem paralelo em nenhum outro lugar do mundo. Há alguns passos que podemos adotar, não para eliminar todos esses tiroteios em massa, mas para melhorar as chances de que não aconteçam tão frequentemente – disse Obama à emissora americana CBS News, referindo-se a um melhor controle de armas de fogo no país.
Entre as medidas para impedir novos episódios dessa natureza, o presidente mencionou “o senso comum, leis sobre segurança e melhores verificações de antecedentes”.
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Os Estados Unidos, completou Obama, possuem uma lista que impede determinadas pessoas de embarcar em um avião, mas essas pessoas “podem ir a uma loja agora mesmo a comprar uma arma de fogo, e não há nada que possamos fazer para impedir. Isso é uma legislação que precisa ser modificada”.
De acordo com Obama, é preciso fazer que esses casos como esse “sejam raros. Isso não acontece com a mesma frequência em outros países”. Equipes fortemente armadas da SWAT, bombeiros, esquadrão antibombas e ambulâncias foram enviadas ao local, que fica uma hora ao oeste de Los Angeles.
Dezenas de pessoas com as mãos para o alto saíram de um prédio e caminharam na direção de um estacionamento, cercado por policiais fortemente armados.
O tiroteio acontece apenas alguns dias depois que um atirador solitário matou três pessoas em uma clínica de planejamento familiar da Planned Parenthood, em Colorado Springs, no estado do Colorado.
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