A Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Itajaí vai investigar a ligação do casal preso na madrugada de sexta-feira com as quadrilhas de arrombadores de caixas eletrônicos na região – os chamados caixeiros.
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Armas de uso restrito de policiais e soldados do Exército, quase mil munições e cinco bananas de dinamite foram encontradas pela Polícia Militar em uma residência no Bairro Cidade Nova. No local Eliezer Chagas, 37 anos, e a mulher, Cristiane dos Santos, 21 anos, foram presos em flagrante.
Os policiais chegaram até a casa, na Rua Maria Marques Werner, por meio de uma denúncia anônima e a suspeita é que os armamentos tenham relação com caixeiros. Segundo o tenente Rodrigo de Carvalho Paulo, da Polícia Militar de Itajaí, a possibilidade de contrabando também não está descartada.
– Nós recebemos a denúncia de que com esses objetos seria feito um ataque a caixa eletrônico na região. Fizemos uma campana e apreendemos o material. Só a investigação poderá afirmar a origem de todos os itens. Pode sim ter ocorrido desvio por parte de policiais e soldados, como também pode ter vindo por meio de ligação com facções criminosas de São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo – diz.
O caso já foi repassado para a Divisão de Investigações Criminais (DIC), que ficará responsável pelas investigações. De acordo com o delegado Celso Pereira de Andrade, o desafio agora é descobrir de onde veio todo o arsenal que Eliezer e Cristiane guardavam na estrutura onde viviam com os dois filhos, de três e seis anos. Chagas tinha mandado de prisão em aberto por homicídio.
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– Nós iremos em busca de possíveis comparsas do casal e dos responsáveis pelo fornecimento das armas, munições e da dinamite – conta Andrade.
Duas metralhadoras, uma pistola e uma espingarda calibre 12 foram as armas apreendidas e levadas para a delegacia. As munições eram diversas, inclusive com cartuchos usados somente pela Polícia Militar. Um colete à prova de balas também foi apreendido.
Na segunda-feira, o delegado Diego Azevedo, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), deve auxiliar nas investigações.
– A relação do casal com caixeiros é uma das linhas de investigação que vamos seguir. Existe a possibilidade também de se tratar de aluguel de armas entre quadrilhas – adiantou Azevedo.
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Conselho Tutelar
No momento da operação policial, os filhos dos suspeitos estavam em casa. De acordo com a polícia, as crianças tinham livre acesso às dinamites e às armas. Elas foram recolhidas pelo Conselho Tutelar de Itajaí.
Contraponto
Em depoimento, o casal disse que a advogada de defesa era Fluvia Samuel de Almeida. A reportagem de O Sol Diário tentou entrar em contato com a advogada durante a manhã e tarde de sexta-feira, mas não obteve resposta.