A família Goetten, de Jaraguá do Sul, embarca em uma missão de fé e de solidariedade para o Malawi, país africano. A viagem humanitária faz parte de um projeto da Igreja Assembleia de Deus, mantido com ajuda dos fiéis. A entidade jaraguaense mantém 32 famílias, com auxílio integral ou parcial, em obras de caridade espalhadas pelo mundo. Agora, é a vez dos Goetten.

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O Projeto Malawi, como foi batizado, tem o objetivo de construir uma estrutura para a aldeia Mazi, localizada a 15 quilômetros da capital Lilongwe. No momento, mais de dez poços artesianos foram construídos e dez famílias são mantidas na região para levar esperança à população.

– No ano passado, uma comissão foi conhecer o Malawi e ver as necessidades daquele país. Ele está entre os mais pobres do mundo e não tem estrutura básica para quase toda população. Apenas 20% da população têm acesso a alimentos dos supermercados, que são os governantes e os funcionários públicos – conta Oziel Goetten.

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Em maio deste ano, Oziel, sua esposa Waldirene e mais uma comissão foram visitar a aldeia na qual irão trabalhar. Para surpresa da família, a primeira mulher branca a pisar na comunidade foi Waldirene.

– Eu recebi oferendas das mulheres da aldeia. Explicaram que iam trazer tudo que tinham de mais precioso e me deram alimentos – relembra, emocionada.

A missão do casal, que também irá levar a filha de 18 anos, é construir uma escola. O projeto deve levar de dois a cinco anos para ser finalizado. A intenção da Assembleia de Deus é dar a base para a comunidade e seguir para outras regiões, explica o diretor de projetos, David de Borba.

– Como é um país com poucos recursos, o material de construção e o custo de vida são bem caros. A família irá viver na capital e serão repassados de US$ 1.500 a US$ 2 mil por mês, pois o custo de vida com aluguel e comida é mais alto – afirma David.

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As primeiras impressões sobre Mazi

“Meu coração está na aldeia”, revela Waldirene. Com o sonho de servir ao próximo, a jaraguaense buscou na enfermagem realizar esse desejo. Mesmo assim, não foi o suficiente.

– Sempre disse para minha mãe: “Eu vou para a África ajudar as pessoas”. Percebi que, para eles, o que é essencial, a gente não dá valor – destaca.

A enfermeira conta que tem objetivo de plantar a semente da esperança para que os africanos possam construir um futuro melhor. Ela conta que o povo de Mazi é feliz, mas falta ter grandes sonhos, e é isso que ela quer incentivar.

Para o Oziel, ele tem uma missão imposta por Deus, por isso não pensou duas vezes para embarcar nessa viagem. Segundo o jaraguaense, abrir mão do conforto material, de amigos e da família vai valer a pena pelo trabalho que vão desenvolver.

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