Uma ocorrência curiosa mobilizou os bombeiros militares em Gaspar, que foram chamados depois de um casal passar mal ao comer “inhame”. A raiz, no entanto, era outra, o que causou o problema. O episódio ressalta a importância dos cuidados necessários ao colher algum alimento e sobre o que fazer em casos de intoxicação.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Blumenau e região por WhatsApp

No começo da tarde de segunda-feira (1º), uma pessoa ligou para o 193 e contou que os familiares, um homem de 52 anos e uma mulher de 45 anos, colheram a raiz na rua e cozinharam ao pensar que se tratava de inhame. Depois da refeição, eles sentiram dormência na boca, dificuldade para respirar e apresentaram secreção pelas vias áreas. O socorro então foi acionado.

O casal aguardou os bombeiros consciente e foi levado ao hospital da cidade para avaliação. O estado de saúde de ambos não foi atualizado até a publicação deste texto. Também não foi possível descobrir que planta foi consumida por engano.

Cuidados necessários

O biólogo William Gebien comente que, pelo relato do casal de Gaspar, é possível que os dois tenham consumido alguma outra espécie da família Araceae, à qual pertence o inhame e o taiá, por exemplo. No entanto, há variedades que não são domesticadas e podem conter toxinas.

Continua depois da publicidade

No caso das aráceas, existem os cristais de oxalato de cálcio que perfuram as mucosas e resultam no processo alérgico, de acordo com o biólogo. Cada grupo de espécies, porém, vai ter uma toxina mais presente e, por isso, os sintomas podem variar conforme a raiz consumida.

Frutas típicas da Mata Atlântica em SC vão de desconhecidas a concorrente do açaí; FOTOS

Ele explica que existe, também, uma espécie de “mandioca brava”, que é bem parecida com o aipim, mas não é a mesma planta. Nessa situação, a pessoa pode sentir um gosto amargo ao ingerir a raiz, que é extremamente tóxica para o ser humano.

— A orientação é sempre procurar atendimento médico imediatamente, não tentar nenhum remédio caseiro, nem água ou leite. Tentar levar a planta junto também, para que identifiquem o vegetal que ele ingeriu e quais são as possíveis toxinas para facilitar no tratamento — ressalta Gebien.

Veja as frutas tradicionais da Mata Atlântica em SC

Continua depois da publicidade

Leia mais

Chefão do tráfico preso em imóvel de luxo de Itajaí operava rota da cocaína para a Europa