Um casal de Brusque foi preso por suspeita de aliciar e estuprar uma adolescente de 17 anos. Antônio Zager, 41 anos, teria violentado uma jovem em agosto deste ano, na casa em que morava, com a companhia e a participação da esposa, Dirlei Adriana Vargas, de 23 anos.

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Segundo informações do delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Brusque, Ricardo Marcelo Casarolli, a denúncia partiu da família da vítima, dias depois do crime. Além da jovem violentada, o casal teria tentado aliciar ao menos mais uma adolescente, que não chegou a ser abusada. Um grupo de adolescentes teria informado o Conselho Tutelar que um casal circulava em um carro no Centro de Brusque fazendo convites para encontros sexuais para jovens. Pela descrição dos suspeitos, a polícia acredita que pode se tratar de Antônio e Dirlei.

A suspeita era conhecida por ter se apresentado como vítima de um suposto caso de estupro coletivo em julho deste ano. Em setembro, no entanto, ela desmentiu a denúncia em depoimento e passou a responder por denunciação caluniosa.

– A denúncia do crime surgiu cerca de um mês depois que ela relatou aquela situação do suposto estupro coletivo. Desde então tramitaram dois processos separados, um tendo ela como vítima e outro como coautora – detalha o delegado.

Com base nas informações sobre o suposto crime praticado pelos dois, o delegado pediu a prisão preventiva do casal. Os pedidos foram concedidos pela Justiça no último dia 10. Dirlei, que era servidora da prefeitura de Brusque, foi presa ainda na segunda-feira, em Vidal Ramos, onde estava morando, já separada do companheiro. Ela foi conduzida ao Presídio Regional de Rio do Sul. Já Antônio, que trabalha com construção civil, foi preso no início da tarde desta quinta-feira, em um local de trabalho, em Brusque. Ele será encaminhado à Unidade Prisional Avançada (UPA). Em depoimento, Antônio teria admitido que teve relações com a jovem, mas alegou que teria sido algo consensual.

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Antônio e Dirlei vão responder por estupro, crime cuja pena pode ir de oito a 12 anos de reclusão. No caso de Dirlei, ela continua respondendo normalmente à denunciação caluniosa pela falsa comunicação de estupro em julho. Até o momento ela não informou a polícia porque teria inventado a história do falso estupro. Segundo o delegado, até a tarde desta quinta-feira os suspeitos ainda não tinham apresentado advogados para a defesa.