Um casal foi preso suspeito de adotar ilegalmente uma bebê em Rodeio, no Médio Vale do Itajaí. Eles teriam acompanhado a gestação de uma mulher de Curitiba, no Paraná, e, após o parto em São Bento do Sul, levaram a pequena para casa com a intenção de registrá-la como filha biológica deles. A chamada “adoção à brasileira” — como se refere a própria Polícia Civil — é crime, já que há a necessidade de que os interessados estejam no Cadastro Nacional de Adoção e entrem na fila.
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Conforme informações da Polícia Civil, a equipe foi até à residência dos dois, no bairro Rodeio 12, e encontrou a menina de dois meses, que estaria sendo escondida para ser registrada como filha de ambos. No imóvel havia quadros, berço, brinquedos, roupas, objetos de higiene, lembrancinhas de um possível chá de bebê e um book fotográfico com a criança.
Em um primeiro momento, conforme o delegado Ronnie esteves, a mulher chegou a alegar que era tia do casal, porém as investigações apontaram que eles teriam pago as despesas médicas e, após o parto, tomaram o bebê para si com consentimento da mãe biológica.
O delegado Ronnie ainda explicou que a própria mãe da criança teria colocado a recém-nascida à disposição do casal, que já vinha acompanhando a gravidez. Eles teriam se conhecido em um grupo de WhatsApp. Agora, o investigador tenta apurar se houve pagamento em troca da criança.
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— Tudo indica que sim [que houve pagamento pelo bebê]. Desde o início o casal vinha monitorando a mãe biológica. Eles escolheram São Bento do Sul, que é um reduto da família, para a mulher ter o filho, e assim que a criança nasceu eles já a trouxeram para Rodeio. Então nesse primeiro momento decidimos por mantê-los presos e agora vamos avançar na identificação da mãe que também pode responder pela prática de um crime — explica o delegado Ronnie.
A “adoção à brasileira” pode resultar em até seis anos de prisão aos envolvidos.